Lucros da Nos saltam 85% para 148,6 milhões ajudados por ganho extra de 53 milhões

Os resultados contaram com uma mais-valia extraordinária de 53,1 milhões de euros registada com a venda de torres à espanhola Cellnex. Sem esse efeito lucros teriam subido 18,6%.

A operadora Nos encerrou o primeiro semestre do ano com um resultado líquido de 148,6 milhões de euros, um valor que compara com os 80,5 milhões registados no período homólogo (+84,6%), mas que incorpora um efeito não recorrente de 53,1 milhões de euros gerado pela venda de torres à espanhola Cellnex, anunciou esta quinta-feira a empresa liderada por Miguel Almeida. Sem contabilizar esta mais-valia, os lucros ter-se-iam situado em 95,4 milhões de euros, o que representa um crescimento de 18,6% face à primeira metade do ano passado.

As receitas consolidadas do grupo registaram um crescimento de 5,2% para 815,5 milhões de euros, sendo que as receitas de telecomunicações aumentaram 5,8% para 789,6 milhões de euros, impulsionadas pelo aumento do número de serviços, adiantou a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Já as receitas de cinema e audiovisuais baixaram 5,7% para 42,4 milhões de euros, com a ausência de blockbusters a penalizar o segundo trimestre do ano, justificou a empresa

No que diz respeito ao EBITDA consolidado, a companhia registou um aumento de 5,5% face ao primeiro semestre de 2023, para 372,1 milhões de euros, com o segmento de telecomunicações a crescer 6,5% para 352,8 milhões.

A suportar o crescimento das receitas esteve o aumento do número de serviços, que subiu 262 mil face ao período homólogo, atingindo 11,142 milhões, segundo adianta a empresa.

Nos reforça aposta no 5G

O primeiro semestre ficou marcado por um reforço da aposta no 5G por parte da operadora. A Nos investiu 22,1% das receitas de telecomunicações no primeiro semestre do ano, com o investimento total a atingir 185,1 milhões de euros.

“No primeiro semestre do ano, a Nos concluiu investimentos significativos na implementação da melhor e mais extensa rede 5G em Portugal. Com uma cobertura que alcança mais de 96,5% da população, mantemos uma clara liderança no desenvolvimento e implementação desta tecnologia”, escreve o CEO Miguel Almeida num comentário aos resultados do primeiro semestre, os quais considera “sólidos”.

A rede 5G da Nos cobria, no final de junho, mais de 96,5% da população portuguesa, valor que compara com 89% da população coberta com 5G na União Europeia, chegando a todos os concelhos do País.

A empresa refere ainda que, no final de março, detinha mais de 47% das estações 5G instaladas em Portugal, contabilizando 4.705. A rede fixa de última geração da operadora chega já a 5,567 milhões de lares, mais 203 mil do que no período homólogo de 2023.

“A empresa continua, assim, a alargar a sua cobertura de redes de nova geração, contribuindo de forma decisiva para acelerar a transição digital de Portugal, enquanto aumenta a sua base de clientes e, consequentemente, as suas receitas”, acrescenta o líder da operadora.

Em simultâneo, diz Miguel Almeida, “a Nos tem vindo a acelerar o programa de transformação da Empresa, assente na massificação da utilização de inteligência artificial. Esta estratégia pretende otimizar processos internos e elevar o nível de eficiência operacional a patamares superiores, compensando dessa forma um crescimento da estrutura de custos acima das receitas.”

A Dívida Financeira Líquida/EBITDA situou-se, no final de junho, em 1,71 vezes, “muito abaixo do nosso objetivo estratégico de financiamento de cerca de 2 vezes”, refere o comunicado, acrescentando que a dívida financeira líquida ascendeu a 1.058 milhões de euros.

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