Lucros da Sonae crescem 14% para 75 milhões. Vendas acima de 4.000 milhões
A empresa da Maia fechou o primeiro semestre do ano com vendas de 4,3 mil milhões de euros, impulsionadas pelo crescimento da MC e da Worten e pela integração da nórdica Musti.
A Sonae fechou o primeiro semestre do ano com um resultado líquido de 75 milhões de euros, o que representa um crescimento de 14% face ao período homólogo. Já as vendas superaram os 4,3 mil milhões de euros, ajudados pela integração da nórdica Musti, após a conclusão da aquisição da empresa de produtos para animais de estimação no passado mês de março.
“Durante os primeiros seis meses de 2024, os nossos principais negócios continuaram a apresentar desempenhos notáveis“, adianta Cláudia Azevedo, numa mensagem na apresentação de resultados.
A CEO do grupo Sonae destacou o desempenho da MC, que “reforçou a sua posição de liderança no exigente mercado de retalho alimentar português, demonstrando um inexcedível foco no cliente e uma forte capacidade de execução, tendo simultaneamente impulsionado o crescimento no segmento de saúde, beleza e bem-estar”, ao passo que a Worten “reforçou com sucesso a sua quota de mercado no setor de retalho de eletrónica em Portugal, apresentando um crescimento acelerado do negócio de serviços e do e-commerce, apesar da elevada intensidade promocional no mercado”, explica.
Cláudia Azevedo realçou ainda o “desempenho robusto do portefólio de centros comerciais Sierra e os números das telecomunicações, notando que a Nos continuou “a crescer e a ganhar quota no mercado português de telecomunicações, tendo ainda concretizado mais uma operação de criação de valor relevante envolvendo a sua infraestrutura de rede móvel”.
“Este forte desempenho dos nossos principais negócios, aliado aos contributos dos mais recentes investimentos, resultou num aumento do volume de negócios consolidado de 11%, atingindo os 4,3 mil milhões de euros, e num crescimento do EBITDA consolidado de 18% para os 410 milhões de euros no primeiro semestre”.
O retalho alimentar deu o principal contributo para as receitas. O volume de negócios da MC cresceu 7,8% em termos homólogos, para 3,3 mil milhões de euros, impulsionado pelo melhor desempenho do segmento alimentar e do segmento saúde, bem-estar e beleza. Já a Worten fechou o período com um volume de negócios de 593 milhões de euros, 6,5% acima do período homólogo.
Mais de mil milhões em aquisições
Os últimos 12 meses ficaram marcados por um forte investimento, que superou os 1,3 mil milhões de euros neste período, com a empresa a destinar mais de mil milhões de euros para a aquisição de três empresas. Considerando apenas o primeiro semestre, a empresa registou um investimento recorde de 966 milhões de euros.
A operação mais valiosa foi a compra de 80,65% do capital da nórdica Musti, por cerca de 700 milhões de euros. A Sonae, através da MC, concluiu ainda a fusão entre a Arenal e a Druni, com um investimento adicional de 112 milhões de euros, criando o líder de mercado no segmento de saúde, beleza e bem-estar na Península Ibérica. Já no segmento alimentar, a Sparkfood concluiu a aquisição de uma participação maioritária na francesa BCF Life Sciences, por 160 milhões de euros.
“À entrada para o segundo semestre do ano, mantenho plena confiança na nossa capacidade de impulsionar a inovação e o crescimento para melhorar as condições de vida de um número crescente de famílias nas várias geografias onde operamos“, refere Cláudia Azevedo. “Continuaremos a apoiar as nossas pessoas e as nossas empresas, garantindo que dispõem dos recursos necessários para melhorar o seu desempenho atual, investindo simultaneamente no futuro para assegurar a criação valor de longo prazo para todos os nossos stakeholders“, conclui a líder da empresa.
A empresa, que fechou o semestre com um resultado líquido de 75 milhões de euros, acima dos 69 milhões reportados na primeira metade de 2023, atribui esta melhoria à subida do EBITDA, “decorrente dos ganhos de quota e da performance dos negócios, que mais do que compensou o incremento das depreciações em consequência do forte investimento realizado, dos custos financeiros e dos impostos.”
O EBITDA subjacente aumentou 13,8% para 342 milhões de euros e o EBITDA consolidado melhorou 18% para 410 milhões, “traduzindo o sólido desempenho dos negócios de retalho e o aumento do contributo dos resultados pelo método de equivalência patrimonial, nomeadamente da NOS“, explica o comunicado com os resultados do primeiro semestre.
A empresa informa ainda que prosseguiu a implementação da sua política de responsabilidade social corporativa, tendo reforçado o apoio à comunidade em 16,5 milhões de euros, mais 6% que no primeiro semestre de 2023.
No que diz respeito ao financiamento, o Grupo reforçou o peso da dívida sustentável, que representa cerca de 90% das linhas de médio e longo prazo, com operações de financiamento de 2,4 mil milhões de euros com critérios ambientais, sociais e de governo societário (ESG).
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