Falência da Inapa? “Não quisemos ter uma nova Efacec a sugar dinheiro dos contribuintes”, diz Miranda Sarmento
Ministro das Finanças “defendeu o dinheiro dos contribuintes” na falência da Inapa. Confirma acerto no IRS em setembro e avisa a oposição que é "curta" a margem para negociar o Orçamento para 2025.
Joaquim Miranda Sarmento defende que a crise na Inapa “decorre da gestão da empresa” e que o Governo “defendeu o dinheiro dos contribuintes” ao não aprovar uma injeção de emergência de 12 milhões de euros por parte da Parpública, a maior acionista, o que levou a distribuidora de papel a formalizar esta semana o pedido de insolvência junto do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste.
“Colocar dinheiro numa empresa, numa operação para proteger 800 empregos na Alemanha, não nos pareceu a melhor utilização dos dinheiros públicos. E não quisemos ter, ao contrário do Governo anterior, uma nova Efacec a sugar dinheiro dos contribuintes, a despejarmos dinheiro dos contribuintes nessa empresa. Agora veremos o que é que acontece, se há compradores para aqueles ativos ou se a empresa segue um processo de insolvência”, resume.
Em entrevista ao Público e à Renascença, o ministro das Finanças confirma ainda a notícia avançada pelo ECO de que, para acertar o IRS pago a mais entre janeiro e agosto, “haverá em setembro uma taxa de retenção na fonte mais baixa do que aquela que depois vai vigorar a partir de outubro”, com “novas tabelas de acordo com aquilo que foi aprovado no Parlamento” à revelia do Executivo e já promulgado pelo Presidente da República.
A poucas semanas da apresentação do Orçamento do Estado para 2025, Joaquim Miranda Sarmento avisa os partidos com assento parlamentar que é “curta” a margem orçamental para negociar “novas medidas ou medidas de calibração diferente”, garantindo que não abdica das contas certas: “o país, em 2025, tem de apresentar um superávite orçamental”, vaticina. E “se a oposição desvirtuar o Programa do Governo, teremos de perguntar aos portugueses se aceitam”, adverte o governante.
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