“Provavelmente somos o banco mais bem capitalizado do país”, diz CEO do Novobanco

Mark Bourke, CEO do Novobanco, destaca ainda o contexto macroeconómico de Portugal, descrevendo-o como "muito positivo" com “um nível de quase pleno emprego".

Depois de serem conhecidos os resultados do Novobanco nos primeiros seis meses do ano, o CEO, Mark Bourke, apresentou alguns dos grandes números esta quinta-feira aos analistas, sublinhando que o banco “continua a cumprir praticamente todas as rubricas da demonstração de resultados, estando ao nível ou acima do esperado”, e que, “em termos de capital e liquidez, estamos fortes”.

O Novobanco registou lucros de 370 milhões de euros no primeiro semestre (menos 0,8% face ao alcançado no primeiro semestre de 2023), que se traduz num retorno sobre o capital tangível (RoTE) de 17,4% e num rácio de capital CET1 fully loaded de 19,9%, que contribuiu para um rácio de capital total de 22,7%. Para Bourke, estes rácios, “provavelmente, fazem de nós o banco mais bem capitalizado desta economia neste momento”.

Os resultados do banco revelaram também uma subida homóloga de 14% da margem financeira para 595 milhões de euros e uma taxa da margem financeira de 2,83%, que compara com 2,75% em dezembro de 2023. Embora a taxa da margem financeira tenha tido uma ligeira diminuição no segundo semestre, Bourke afirmou que “não tanto quanto esperávamos dada a curva”, evidenciando um desempenho resiliente das operações do banco entre janeiro e junho.

O banqueiro destacou ainda o aumento de 10,9% das receitas geradas com comissões para 161,2 milhões de euros, sublinhando que “começámos a ver a concretização dos nossos planos para expandir as nossas comissões em aproximadamente 20% num período de três anos”, salientando que o banco está 11% acima dos 861 milhões pretendidos.

Bourke também abordou o contexto macroeconómico de Portugal, descrevendo-o como “muito positivo” para um banco de retalho e empresarial. O líder do Novobanco mencionou que “o crescimento do PIB tem sido consistentemente superior à média da União Europeia” e que “espera-se que continue assim”, notando ainda que a inflação, atualmente a 2,3%, está dentro da meta de 2% e que “os números do desemprego continuam a ser impressionantes em termos de estabilidade”, com a economia nacional a apresentar “um nível de quase pleno emprego, com uma taxa de desemprego de 6,4%.”

No que diz respeito à estratégia do banco, Bourke enfatizou quatro pilares principais: centralidade no cliente, eficiência operacional, atração e retenção de talentos, e sustentabilidade. O banqueiro notou que o banco tem investido numa oferta omnicanal, melhorando a experiência do cliente através de canais digitais e uma rede de agências remodelada.

“Estamos no início de obter o benefício do investimento na recuperação”, afirmou Bourke, referindo-se ao crédito líquido a clientes e à melhoria da margem de juro líquida e rentabilidade. “O nosso foco agora está na execução dos resultados”, concluiu.

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