Principais setores de atividade antecipam novos aumentos de preços
Comércio, indústria, construção e serviços antecipam novas subidas de preços nos próximos meses, segundo revela o inquérito de conjuntura do INE de julho. Processo de desinflação pode atrasar.
Todos os setores de atividade em Portugal estão a preparar-se para subir novamente os preços de venda ao consumidor nos próximos meses, avança o Jornal de Negócios. No inquérito de conjuntura de julho, baseado nas respostas de cinco mil empresas, o Instituto Nacional de Estatística (INE) revela que o saldo das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda nos próximos três meses “aumentou significativamente na indústria transformadora, na construção e obras públicas e no comércio e, de forma moderada, nos serviços”. A concretizar-se, este aumento de preços deverá atrasar o processo de abrandamento da inflação.
De acordo com os dados do gabinete estatístico, o saldo das perspetivas dos empresários sobre aumentos de preços (que traça a diferença entre a percentagem de respostas positivas e negativas) teve o maior aumento no comércio, ao passar de 7,1 pontos para 10,3, o valor mais elevado desde abril de 2023. Na indústria e na construção, os empresários antecipavam um alívio nos preços desde o início do ano, mas essa intenção alterou-se no último mês: na indústria, o saldo passou de 6,2 pontos para 8,3 — o valor mais alto deste ano –, enquanto na construção subiu de 8,4 pontos para 11,4.
Apesar da subida mais moderada nos serviços, houve uma inversão da tendência nas perspetivas dos empresários. As estatísticas do INE apontam para um aumento do saldo das expectativas dos empresários deste setor dos 7,8 pontos para 8,5, uma intenção que preocupa particularmente pelo facto de serem os serviços a área de atividade que, ao nível da Zona Euro, mais tem dificultado a descida da inflação.
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