Preço do gás toca novo máximo mas depois cai com alívio dos receios
As cotações da matéria-prima aliviaram após novo pico, numa altura em que o gás proveniente da Rússia contínua a fluir através da Ucrânia, apesar dos conflitos militares.
O preço do gás natural na Europa atingiu um novo máximo deste ano esta sexta-feira, para depois aliviar. Os mercados estarão menos nervosos quanto ao fornecimento desta matéria-prima depois de a empresa russa Gazprom ter anunciado novo envio, e não se terem notado disrupções desde que a Ucrânia tomou o controlo de um ponto-chave no fornecimento.
Os contratos de gás que são referência no Velho Continente, os holandeses TTF – Title Transfer Facility, chegaram a atingir os 40,25 euros por megawatt-hora (MWh) esta sexta-feira, o nível mais alto desde 8 de dezembro do ano passado.
Entretanto, as cotações da matéria-prima aliviaram para os 39,71 euros por (MW), numa altura em que o gás proveniente da Rússia contínua a fluir através da Ucrânia, apesar dos conflitos militares que se instalaram na quinta-feira numa zona de passagem crítica.
Os preços tocaram máximos de cerca de um ano já esta quinta-feira, depois de os militares Ucranianos terem ocupado a zona de Kursk e terem tomado o controlo da estação de gás de Sudzha — um movimento entretanto confirmado pelo ministro da Energia da Ucrânia.
A empresa estatal de gás da Rússia, a Gazprom, já esclareceu que irá enviar 38,5 milhões de metros cúbicos de gás para a Europa, só esta sexta-feira, um volume que é superior em quase um milhão ao enviado no dia anterior. Desta forma, aliviam as suspeitas de que a Rússia pudesse suar este movimento militar por parte da Ucrânia como motivo para cortar o fornecimento de gás.
De acordo com os analistas consultados pela Reuters, o preço do gás já terá incorporado o risco de disrupções de fornecimento decorrentes deste desenvolvimento no conflito e, ao mesmo tempo, as reservas recheadas de que a União Europeia dispõe dão algum conforto. Já os analistas consultados pelo Capital Verde, reconhecem a atual volatilidade e pressão sobre os preços do gás mas veem pontos de alívio no médio prazo.
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