#25 As férias de António Correia. “Há sempre algo a tratar”

  • ECO
  • 27 Agosto 2024

O líder da PwC leva três livros, mas nunca desliga totalmente em férias, E considera que "são um momento de mais tempo para o que gostamos de fazer e temos pouco tempo".

  • Ao longo do mês de agosto, o ECO vai publicar a rubrica “Férias dos CEO”, onde questiona os gestores portugueses sobre como passam este momento de descanso e o que os espera no regresso.

O líder da PwC em Portugal levou três livros para férias, que tira sempre nos últimos 15 dias do mês, “porque são as menos ocupadas pelos colegas e pelos clientes“. António Correia nunca desliga totalmente — “pessoas com a nossa matriz nunca tiram férias, apenas se ausentam do escritório” — e prepara-se para a rentrée a olhar para as eleições americanas e para a economia portuguesa.

Que livros, séries e podcasts vai levar na bagagem e porquê?

Levei três livros: José Tolentino de Mendonça, “Nenhum caminho será longo”, porque me ajuda a refletir no que faço bem e mal, o que devo não mudar e o que devo mudar; “O ano da morte de Ricardo Reis”, de José Saramago, nunca tinha lido este livro e achei que o deveria conhecer, do nosso prémio Nobel; e Maurice Leblanc, “Arsène Lupin”, uma série que adorei seguir na Netflix, ofereceram-me o livro e fiquei curioso em melhor perceber a astúcia do autor.

Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?

Nunca se desliga totalmente. Tenho um amigo que diz: pessoas com a nossa matriz nunca tiram férias, apenas se ausentam do escritório. Tem razão. Vou de férias na segunda semana até à última porque são as menos ocupadas pelos colegas e pelos clientes, mas ainda assim, o mundo não para e há sempre algo para tratar, o mínimo possível. De resto tento que seja o mais familiar e social moderado.

As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira pessoal?

São um momento de mais tempo para o que gostamos de fazer e temos pouco tempo, para mim, família, amigos e leitura. Com todos eles aprendemos, interrogamo-nos e refletimos sobre o caminho que estamos a fazer.

Que temas vão marcar o seu setor na rentrée?

Acho que vão marcar a geopolítica mundial, as eleições nos EUA pela repercussão no mundo, os conflitos e a evolução que poderão ter. E a economia, sempre a economia, algumas dúvidas pelo arrefecimento das últimas semanas. No meu setor os desafios normais de reforço da confiança nos mercados através do “trust in what matters”, e a evolução da tecnologia, em particular as preocupações de como utilizar bem a IA na nossa vida empresarial e pessoal. De resto, no meu setor, a aposta permanente em fazermos bem o nosso trabalho, que é no desenvolvimento e prosperidade humana.

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