Portugueses criam menos empresas. Transportes, alojamento e restauração lideram queda nos novos negócios
Foram criadas 34.811 novas empresas até agosto, um recuo de 2,5% face ao período homólogo. Transportes, alojamento e restauração e grossistas são os setores com maiores quedas.
Desde o início do ano até ao final de agosto foram criadas menos 905 empresas do que no mesmo período do ano passado, o que representa uma diminuição de 2,5%, segundo os dados da Informa D&B divulgados esta sexta-feira. No total, foram criadas 34.811 novas empresas em Portugal.
O setor dos transportes regista a maior quebra, com menos 1.070 empresas, o que corresponde a uma descida de 25% em comparação com o período homólogo, “sendo o principal responsável pela descida geral deste indicador e que confirma uma tendência que se verifica desde o início do ano”, revelam os dados da Informa D&B.
Registou-se ainda uma descida significativa na criação de novas empresas no setor do alojamento e restauração, com menos 179 empresas, o que corresponde a um recuo de 5% em relação ao ano passado. A Informa D&B indica que a “descida é transversal a quase todos os seus subsetores e que é especialmente acentuada no subsetor do alojamento de curta duração, que recua 21% (-139 constituições de empresas)”.
O setor grossista também registou um quebra de 10% na criação de novas empresas (-160 constituições de empresas), devido, sobretudo, ao subsetor alimentar, que registou uma descida de 24%, o que corresponde a menos 115 constituições de empresas, que o registado no ano passado.
Por outro lado, em metade dos setores, a criação de empresas foi superior ao registado em 2023, com destaque para a construção, tecnologias da informação e comunicação e retalho. Nos primeiros oito meses do ano, foram registadas mais 317 empresas de construção, o que representa um crescimento de 7,9% face ao período homólogo. A construção de edifícios (residenciais e não residenciais) concentrou 2.663 constituições do setor e registou mais 223 novas empresas face ao mesmo período do ano anterior. A construção é o terceiro setor com maior número de constituições no acumulado do ano, de acordo com a análise da Informa D&B.
Até agosto, foram registadas mais 108 empresas de tecnologias da informação e comunicação, o que corresponde um crescimento de 5,1% quando comprado com os dados do mesmo período do ano passado. Já no retalho, o crescimento foi de 2,7%, o que corresponde a mais 85 constituições de empresas.
Insolvências crescem 11% à boleia do têxtil e da moda
Os dados da Informa D&B revelam também que desde o início do ano, as insolvências aumentaram 11%, com 1.410 empresas (mais 135 do que em igual período do ano passado) a iniciaram um processo de insolvência. A subida foi impulsionada sobretudo pelo setor do têxtil e da moda.
“Ainda que as insolvências tenham crescido em mais de metade dos setores de atividade, a subida deste indicador está bastante concentrada nas indústrias, que registam um crescimento de 50% (+136 empresas com processos de insolvência) e sobretudo nas indústrias de têxtil e moda, cujo número de empresas com processos de insolvência quase duplicou face ao acumulado dos oito primeiros meses do ano passado (+83%; +110 empresas com processos de insolvência)”, detalha a Informa D&B.
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