Exportações de bens disparam 23,5% e importações sobem 15,5% em julho
Esta evolução está, em grande medida, influenciada pelas transações na sequência de trabalho por encomenda, já que descontando estas operações aumentaram 8,6% e 12,1%, respetivamente.
As exportações portuguesas de bens e importações subiram 23,5% e 15,5%, respetivamente, em julho, face a igual mês do ano passado, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta evolução está, em grande medida, influenciada pelas transações na sequência de trabalho por encomenda, já que descontando estas operações aumentaram 8,6% e 12,1%, respetivamente.
De acordo com os dados do organismo nacional de estatística, as transações com vista a ou na sequência de trabalho por encomenda, que inclui operações de transformação, construção, montagem, melhoria, renovação, modificação, conversão, com o objetivo de produzir um item novo ou realmente melhorado e que não implica necessariamente uma mudança na classificação do produto, representaram 13,9% do total das exportações e 3,8% das importações. As exportações e importações inverteram, assim, as quedas de 4,1% e 6,2%, respetivamente, registadas no mês anterior.
O défice da balança comercial atingiu 2.085 milhões de euros, diminuindo 168 milhões de euros quando comparado com julho de 2023 e aumentando 156 milhões de euros face ao mês anterior. Descontando as transações com vista a ou na sequência de trabalho por encomenda, o défice da balança comercial aumentou 501 milhões de euros face a julho do ano passado e 754 milhões de euros quando comparado com o mês anterior, totalizando 2.806 milhões de euros.
Nas exportações destaca-se o crescimento de 59,5% de fornecimentos industriais, sobretudo medicamentos, maioritariamente para a Alemanha e para os Estados Unidos, correspondentes, sobretudo, a transações na sequência de trabalho por encomenda. O INE assinala que excluindo as transações dessa natureza a venda de bens ao exterior desta categoria aumentou apenas 10,2%.
Nas importações, salienta-se igualmente os aumentos dos fornecimentos industriais, com um aumento de 19,7% e dos combustíveis e lubrificantes, mais 43,1%. O INE explica que, “no primeiro caso, ficou a dever-se, em parte, a uma quantidade significativa de produtos químicos provenientes da Irlanda, que, tal como na exportação, correspondem, sobretudo, a transações com vista a trabalho por encomenda (sem transferência de propriedade)”. As transações com vista a trabalho por encomenda representaram 9,9% do total das importações de fornecimentos industriais, pelo que excluindo as transações desta natureza registou-se um crescimento de 9,2%.
Exportações para a Alemanha disparam mais de 120%
As exportações portuguesas para a Alemanha subiram 120,6% em julho face a igual mês do ano passado, refletindo sobretudo a venda de medicamentos. Este foi também o produto que impulsionou as exportações para os Estados Unidos, que avançaram 50,6%. Paralelamente, a venda de bens para Espanha subiu 11,1%, refletindo principalmente produtos agrícolas e combustíveis minerais.
Do lado dos fornecedores de Portugal, as transações com o Brasil registaram a maior variação homóloga, com um aumento de 100,3% (maioritariamente de material de transporte e combustíveis e lubrificantes), e com Espanha, registando uma subida de 5,1%, principalmente fornecimentos industriais.
(Notícia atualizada às 11h40 com mais informação)
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