Catarina Martins exige um “plano de emergência” da Proteção Civil até ao final do mês
A coordenadora do Bloco de Esquerda deixou três exigências ao Governo: apurar o que aconteceu, responsabilizar quem deva ser responsabilizado e apresentar um "plano de emergência" até final do mês.
São três as exigências que Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, deixou este sábado ao Governo, na sequência da tragédia de Pedrógão Grande: “Apurar o que aconteceu, responsabilizar quem deva ser responsabilizado e ter um plano em marcha.” A líder bloquista dá até ao final do mês para a Proteção Civil mostrar que está preparada para o verão.
“A Proteção Civil tem de ser capaz de apresentar um plano de emergência ao país, em que tirando consequências nos diz quais são os mecanismos que tem em prática para poder responder” ao verão, exigiu Catarina Martins, em declarações transmitidas pela RTP3. A coordenadora do BE frisou que é preciso ter “um plano em marcha até ao final do mês que corrija todas as falhas para garantir às populações que têm uma Proteção Civil capaz durante o verão.”
"[Até ao final do mês] a Proteção Civil tem de ser capaz de apresentar um plano de emergência ao país.”
Mas não é tudo. Também é preciso apurar o que aconteceu e tirar daí consequências, porque “não correu tudo bem”, defendeu. “O BE mantém a exigência de que todas as perguntas tenham resposta e que quem deve ser responsabilizado, que seja responsabilizado,” sublinhou. Numa declaração por escrito publicada na edição deste sábado do semanário Expresso, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também frisou que é preciso “apurar tudo, mesmo tudo” e “sem limites ou medos.”
Catarina Martins voltou ainda a insistir que a linha de financiamento comunitário para plantar eucaliptos deve ser suspensa. A responsável explicou que estão em causa nove milhões de euros, num concurso que ainda está a decorrer até 31 de julho, mas que só servem para plantar eucaliptos. A ideia do BE é suspender este concurso e reconverter este dinheiro para financiamento da plantação de outras espécies arbóreas, nas mesmas regiões afetadas pelos incêndios. “Transfere-se para espécies que sendo comercialmente menos rentáveis, precisam de mais apoio”, defendeu.
“O Siresp nunca devia ter existido assim”
Catarina Martins criticou ainda o sistema de comunicações de emergência Siresp, argumentando que este “nunca devia ter existido assim”. Para a bloquista, “o Siresp não é a solução, nem o modelo financeiro nem operacional”, uma vez que no seu ponto de vista este tipo de serviços devem ser da “responsabilidade direta do Estado” e não uma parceria público-privada. “Não podemos chegar a um momento em que está em causa a vida das populações e dizer que a culpa foi de um empresa qualquer”, defendeu, acrescentando que esta responsabilidade deve ser “integralmente pública porque este é o serviço por excelência do Estado.”
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