Portugal “tomou nota” do recuo de Espanha sobre a imposição de tarifas extra aos carros elétricos chineses
Espanha e Alemanha apelaram à Comissão Europeia a "reconsiderar" a imposição de novas taxas sobre os carros elétricos chineses. Portugal "tomou nota" do recuo e mantém-se atento às negociações
O recuo de Espanha e da Alemanha na imposição de novas tarifas sobre a importação de veículos elétricos não passou despercebido ao Governo, que admite estar atento à evolução das negociações entre a Comissão Europeia e a China. Ao ECO, fonte oficial do Ministério da Economia e dos Negócios Estrangeiros diz ter “tomado nota” da posição de Pedro Sánchez sobre o tema e garante que continuará a acompanhar o processo de perto.
“Portugal toma nota da evolução da posição de Espanha sobre este tema e continua a acompanhar a questão“, referem os gabinetes de Pedro Reis e de Paulo Rangel ao ECO, não esclarecendo se o país se irá juntar aos dois países no apelo a Bruxelas.
Em causa está o apelo vindo de Espanha para que a Comissão Europeia reconsidere a decisão de impor novas taxas sobre as importações de carros elétricos.
“Não precisamos de outra guerra, neste caso, uma guerra comercial. Precisamos de construir pontes entre a UE e a China”, apelou o primeiro-ministro espanhol após uma visita a Shangai. Depois do governante espanhol, o chanceler alemão, Olaf Scholz, juntou-se ao apelo.
Após a investigação anti subsídios lançada sobre os veículos elétricos chineses, no ano passado, a Comissão Europeia decidiu avançar com novos impostos sobre estes modelos. A proposta final deverá ser conhecida em outubro, mas os valores deverão rondar entre os 7,8% e 36,3% e irão sobrepor-se aos 10% atualmente em vigor. Para já, os veículos produzidos pela Tesla, BYD, SAIC Motor Corp e Geely serão os principais visados deste novo imposto.
No entanto, com o recuo de Espanha e da Alemanha não é certo que este novo imposto se concretize. As propostas finais serão objeto de uma votação pelos 27 Estados-membros da UE, em outubro, e apenas serão aplicados a menos que uma maioria qualificada de 15 membros da UE, que represente 65% da população do bloco europeu, vote contra.
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