Gás de botija subiu cerca de 1 euro desde que Governo iniciou descongelamento da taxa de carbono

Os revendedores de combustíveis calculam que a parcela do preço na qual se inclui a taxa de carbono já subiu, pelo menos, um euro desde que o Governo iniciou o descongelamento desta taxa.

A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC) critica o descongelamento da taxa de carbono que, refere, não estar a ser feito de forma gradual. A consequência, alerta, é um aumento dos preços não só do gasóleo e da gasolina mas também do gás em garrafa. No caso da botija mais usada, o preço já subiu cerca de um euro desde que o Governo iniciou o descongelamento.

O descongelamento da atualização da taxa de carbono tem sido tudo menos feito de forma gradual, ao contrário do que resulta do diploma legal”, entende a associação. De acordo com a mesma fonte, o Governo atualizou a taxa de carbono por três vezes. A primeira, a 26 de agosto, a segunda a 9 de setembro e a terceira a 16 de setembro, sempre no sentido ascendente.

“Esta subida da taxa de carbono tem um forte impacto nos preços finais dos combustíveis que são pagos pelo consumidor final”, alerta a ANAREC, ressalvando que “a subida da taxa de carbono reflete-se ainda com maior incidência no preço do GPL [gás de petróleo liquefeito] engarrafado”, ou seja, no gás de botija.

No caso desta última fonte de energia, “estamos a falar de um aumento de cerca de 1 euro, em menos de mês, com o Governo a planear continuar este aumento“, calculam os revendedores. Atualmente, uma garrafa de gás das mais utilizadas pelas famílias portuguesas (13 quilogramas, butano) paga 3,16 euros de ISP [Imposto sobre os Produtos Petrolíferos], no qual já está incluída a taxa de carbono, informa a associação. No entanto, antes de o Governo dar início ao descongelamento, a mesma garrafa pagava 2,22 euros de ISP (taxa de carbono incluída).

No que diz respeito aos combustíveis líquidos, as três atualizações da taxa de carbono já resultam, em média, num impacto acumulado de 7,5 cêntimos no preço do gasóleo e de 6,9 cêntimos no preço da gasolina. “A ANAREC apela ao Governo que reveja a sua posição quanto ao descongelamento gradual da atualização da taxa de carbono, com particular foco no GPL engarrafado”, apela, por fim, a associação, no comunicado enviado às redações.

Como argumento, a associação entende que para além de se promover uma fiscalidade verde e amiga da descarbonização, ” é igualmente importante assegurar que uma grande parte da população continue a conseguir aquecer a sua casa, a cozinhar os seus alimentos e a manter a sua higiene, em zonas do país onde não há outra alternativa que não o GPL engarrafado”.

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