O papel do Alentejo no abastecimento energético do país
Da zona industrial de Sines vem cerca de 16% da produção de energia térmica nacional.
Na Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS) encontra-se a central termoelétrica de Sines de onde provêm cerca de 16% da produção de energia térmica nacional. Tem também a refinaria da Galp Energia que é uma das maiores da Europa, com uma capacidade de destilação de 10,9 milhões de toneladas por ano, ou seja, 220 mil barris por dia.
Estas infraestruturas têm efeitos polarizadores e de atração de um conjunto alargado de empresas e de serviços, não obstante o passivo ambiental por causa da emissão de dióxido de enxofre (SO2) e da libertação de óxido de azoto (NOx).
O Terminal de GNL de Sines é, pelas suas características de porto de águas profundas, pela sua capacidade de armazenagem e localização estratégica, um dos terminais mais competitivos da Europa e uma referência a nível mundial.
O terminal de Sines tem condições de exceção para receber navios de grande calado e capacidade e, por isso, com menores custos por unidade transportada. Adicionalmente, a disponibilidade anual da barra de Sines que é impar quando comparada com outros portos europeus que estão mais sujeitos aos condicionalismos das marés. Sendo um porto de águas profundas e, pela sua posição estratégica nas rotas de e para a Europa, Sines pode receber grandes navios e servir de entreposto de redistribuição de GNL para navios mais pequenos que sirvam locais de acesso mais difícil em particular para as novas soluções de abastecimento de pequena escala (small scale LNG).
Estas duas regiões NUTS III, Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, têm boas capacidades para a produção de energias renováveis, pela combinação de elementos do clima (radiação solar, vento, precipitação e temperatura). Têm tido um impulso bastante significativo através do aumento da potência eólica instalada, do aproveitamento dos recursos hídricos e do desenvolvimento de projetos no domínio da energia solar.
Neste contexto, as energias renováveis possuem domínios de complementaridade e interface com a indústria (energia solar térmica ou biomassa para produção de vapor e redução da energia fóssil, em indústrias da região) e a agricultura (incluindo a irrigação/gestão da água, culturas energéticas e produção de energia elétrica). Estão a multiplicar-se os projetos e o número de ligações à rede, que fazem do Alentejo um novo eldorado das energias fotovoltaicas.
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