Centros de dados disparam procura por renováveis, mas também querem gás, diz CEO da EDP
Centros de dados estão a exigir muita energia. "Quer seja eólica ou solar, tem de ser pronto a construir nos próximos dois anos. O gás é algo que também está a ser muito discutido", diz Stilwell.
O CEO da EDP, Miguel Stilwell de Andrade, afirma que os centros de dados estão a estimular a procura por renováveis, mas o gás também é uma opção largamente discutida para responder a estas novas necessidades.
“A procura parece mesmo estar a disparar, motivada em grande parte pela inteligência artificial e pelos centros de dados” e “a procura é tão grande que o que vemos é algumas destas gigantes tecnológicas a assinarem tantos contratos de fornecimento quantos conseguem”, afirmou Stilwell de Andrade, numa entrevista televisiva à agência de notícias Bloomberg. “Quer seja energia eólica ou solar, tem de ser pronto a construir nos próximos dois anos. O gás é algo que também está a ser muito discutido“, acrescentou.
Recentemente, a EDP tem vindo a comunicar vários contratos assinados com nomes reconhecidos do panorama tecnológico, como a Microsoft, em agosto, ou a Google, em julho. O CEO da energética portuguesa afirma que já não está tão dependente da participação em leilões para conseguir contratos: a EDP está a ser diretamente contactada pelos clientes.
Nos últimos dois meses, o CEO afirma ter recebido “muitas chamadas” para averiguar se a EDP tem capacidade para vender. “Em termos de preço, estamos a falar de preços muito saudáveis”, assinalou. No mercado norte-americano, por exemplo, e dependendo da região, os preços podem oscilar entre os 60 e os 70 dólares por megawatt-hora, sendo que 40% do investimento previsto pela empresa tem como destino os Estados Unidos.
Em maio passado, a EDP baixou a meta de adição de nova capacidade renovável para três gigawatts por ano, um corte de cerca de um quarto, no período entre 2024 e 2026, justificado pela quebra os preços da eletricidade e taxas de juro mais altas. Entretanto, as taxas de juro iniciaram uma trajetória descendente, o que é descrito por Stilwell como “muito importante” para o negócio da EDP, que é intensivo em capital,
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