Exclusivo Depois de Marrocos, PTC Group aponta mira à China e quer recrutar 200 pessoas
Até 2030, o grupo de Oliveira de Azeméis, presente em sete mercados, quer atingir os 7.000 colaboradores para responder às necessidades de negócio, o que exige a contratação de 1.000 pessoas por ano.
Depois de entrar em Marrocos, o português PTC Group aponta mira à China e está a reforçar a equipa. Este ano quer recrutar 200 profissionais, dos quais cerca de três dezenas para o mercado nacional. Hoje com 1.200 colaboradores em sete mercados, até 2030 quer atingir cerca de 7.000 trabalhadores a nível global. Depois de fechar o ano passado com 26 milhões de euros de faturação, aponta para um crescimento de 34% este ano.
“Até 2030, prevemos atingir um total de cerca de 7.000 colaboradores em todo o mundo. Para alcançar este objetivo, será necessário expandir a equipa em aproximadamente 1.000 pessoas por ano, o que pretendemos fazer recorrendo, também, a programas de formação. Através destes programas acreditamos que vamos encontrar talentos qualificados num mercado cada vez mais competitivo”, adianta Tiago Monteiro, fundador e CEO PTC Group, fornecedor global de serviços de engenharia, tecnologia e consultoria, com sede em Oliveira de Azeméis.
Este ano, o grupo, que tem na sua carteira de clientes o grupo automóvel Stellantis ou a Leroy Merlin, tem cerca de 200 vagas disponíveis, das quais 32 para Portugal (Porto, Vila Nova de Gaia, Aveiro, Leiria, Marinha Grande, Lisboa, Venda do Pinheiro, Oeiras). A nível global as vagas distribuem-se pelo Brasil, Argentina, Bélgica, França e México.
Alguns dos perfis procurados são QA Engineer, Backend Engineer (Algorithms), Architect/DevOps Engineer (Azure), Cloud Engineer, Java Architect, Test & Automation QA, Data Governance Analyst, Manager Process Engineering, QA Automation Engineer (Cypress and/or Playwright), UX/UI, e Analista de Produto.
Os profissionais irão juntar-se a uma equipa de mais de mil colaboradores, dos quais cerca de 100 em Portugal prestando apoio a projetos nacionais e internacionais.
“As posições são oferecidas em regime presencial, híbrido ou remoto, abrangendo diferentes níveis de experiência e especializações, com oportunidades para contratação efetiva, estágios e cargos de consultoria. As áreas de recrutamento abrangem diversos setores, tais como a banca, telecomunicações, tecnologia, indústria, entre outros“, explica o fundador do PTC Group.
Até 2030, prevemos atingir um total de cerca de 7.000 colaboradores em todo o mundo. Para alcançar este objetivo, será necessário expandir a equipa, em aproximadamente, 1.000 pessoas por ano, o que pretendemos fazer recorrendo, também, a programas de formação.
Para atrair perfis de engenharia, o grupo está a desenvolver o projeto trainee. “Trazemos engenheiros e técnicos do mercado para que internamente possamos ter formação. Depois de dois a três meses, os formandos passam a exercer funções de Júnior nos projetos do setor automóvel e de tecnologia”,
“Através deste projeto trainee, junto da PTC Academy, outra empresa que temos dentro do nosso ecossistema, estamos a tentar encontrar alternativas para responder a um mercado que está com uma dificuldade muito grande de dar resposta à grande procura por mão de obra”, continua. “Temos de dar formação às pessoas, temos que reciclar ‘pessoas’ que estão no mercado e só assim é que vai ser possível dar resposta às necessidades dos nossos clientes. Acredito que através destes programas vamos encontrar talentos qualificados”, continua.
Para complementar a estratégia de atração de talentos, o grupo está também a fazer parcerias com universidades e institutos de formação técnica. “Estas colaborações permitem-nos identificar talentos ainda em fase de formação, proporcionando estágios e projetos de pesquisa conjunta que expõem os estudantes às procuras reais do mercado automóvel e tecnológico”, justifica Tiago Monteiro.
Crescimento de 34% na faturação
Depois de, no ano passado, o grupo ter fechado com um volume de negócios de 26 milhões de euros, para este ano estima um crescimento na casa dos dois dígitos na faturação.
“A nossa previsão é de um crescimento de 34% para 2024, e a estratégia que nos guiará envolve a expansão para novos mercados e o fortalecimento das nossas capacidades internas”, aponta Tiago Monteiro.
“Recentemente expandimos para Marrocos, o que faz parte da nossa estratégia global de crescimento. Continuaremos a explorar oportunidades de expansão geográficas, possivelmente na Ásia (China), que possam fortalecer a nossa oferta e a nossa posição no mercado”, aponta.
Hoje o grupo já está presente em sete mercados — além de Portugal, Brasil, Espanha, México, Estados Unidos, Marrocos e China, onde têm escritório e querem acelerar o negócio — sendo o “principal foco” nesta fase “consolidar o crescimento”.
Recentemente expandimos para Marrocos, o que faz parte da nossa estratégia global de crescimento. Continuaremos a explorar oportunidades de expansão geográficas, possivelmente na Ásia (China), que possam fortalecer a nossa oferta e a nossa posição no mercado.
“Embora os novos mercados estejam sempre na nossa mira estratégica, acreditamos que maximizar o potencial das regiões onde já temos uma base estabelecida é a melhor abordagem para sustentar o crescimento a longo prazo. Isso inclui investir nos nossos hubs de engenharia, recrutamento e TI, além de expandir a oferta de serviços e formar equipas ainda mais robustas para dar resposta à crescente procura nesses territórios”, ressalva o CEO do grupo português.
Entre os serviços prestados pelo grupo, as áreas que têm tido “maior procura” são a engenharia automóvel, especialmente relacionada ao design e a consultoria especializada em processos de digitalização e transformação tecnológica”, indica o responsável.
Só no grupo automóvel dono das marcas Fiat e Peugeot, o PT Group tem cerca de 500 engenheiros dedicados — “o nosso expertise vai desde o design, conceção e industrialização de veículos completos.”
“Embora tenhamos registado um sucesso e crescimento expressivo, os desafios no setor automóvel são diversos. O aumento das exigências regulatórias para veículos elétricos e as ações relacionadas à sustentabilidade são apenas algumas das dificuldades enfrentadas. Esses fatores exigem uma adaptação constante dos nossos processos e a reavaliação contínua das nossas estratégias”, diz quando questionado sobre o impacto do atual momento do setor automóvel na operação.
“O setor de TI, voltado para soluções de ERP (Enterprise Resource Plannig) e gestão integrada, também tem sido um foco crescente”, ao nível de procura adianta.
“A expansão para mercados como China e México aponta para um crescimento na procura de recrutamento especializado e serviços de suporte técnico local, alinhados às especificidades de cada mercado. A tecnologia relacionada à automação e inteligência artificial também é uma área que prevemos aumento de procura, à medida que mais indústrias adotam essas soluções”, diz.
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