Economia portuguesa beneficiou do “efeito YOLO” no turismo, defende secretário do Orçamento

Secretário de Estado do Orçamento destaca o 'boom' de turismo no pós-pandemia, considerando que a economia portuguesa foi grande beneficiária de uma "alteração estrutural" nos padrões de consumo.

Foi sob o efeito YOLO, acrónimo de You Only Live Once, ou, só se vive uma vez, que o consumo disparou no pós-pandemia, levando a uma “explosão” do turismo, beneficiando países como Portugal. O argumento foi defendido esta sexta-feira pelo secretário de Estado do Orçamento, José Maria Brandão Brito, no Parlamento, que considerou estar-se perante uma alteração estrutural.

No debate em plenário sobre a Conta Geral do Estado de 2022, ano em que estava em funções o Governo socialista de António Costa, José Maria Brandão Brito destacou que a economia portuguesa beneficiou do “forte desempenho do consumo de residentes e não residentes, isto é, turistas, uma vez que que o contributo positivo do consumo público caiu e do investimento colapsou”.

“O dinamismo do consumo privado ocorreu num contexto de elevadas poupanças das famílias acumuladas involuntariamente pelo distanciamento social ditado pela pandemia, enquanto a explosão do turismo, que em 2022 cresceu mais de 80% em termos reais, resultou do efeito que ficou conhecido como o acrónimo inglês YOLO, que levou a uma alteração possivelmente estrutural do padrão de consumo e teve uma implicação uma maior proeminência do turismo no espetro dos gastos da família por todo o mundo“, disse.

Segundo o governante, a especialização da economia portuguesa, com a “preponderância” do turismo, fez com que Portugal “beneficiasse desta alteração estrutural dos padrões de consumo” e “explicam o sobredesempenho da economia portuguesa em 2022 no contexto europeu“.

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