Chega disponível para aprovar OE2025 em caso de chumbo do PS
Num cenário em que o PS vote contra a proposta, o Chega garante a sua aprovação para evitar eleições antecipadas. "Tudo faremos para evitar uma crise política", sublinha André Ventura.
O Chega já admite votar favoravelmente a proposta do Orçamento do Estado para 2025 caso o PS chumbe o documento, avança esta terça-feira o Correio da Manhã. O grupo parlamentar do partido de André Ventura reúne a partir das 17h para tomar uma posição. “Tudo faremos para evitar uma crise política”, afirmou o líder do Chega à entrada do encontro, no Parlamento. Duas horas depois, à saída da reunião, Ventura não quis fazer muitos mais comentários aos jornalistas.
Foi “dia de ouvir o grupo parlamentar”, disse, antes de atirar para quinta-feira, dia da entrega da proposta do OE2025, “a posição do Chega” sobre o documento. “Este não é o nosso orçamento. É um orçamento do PS e do PSD”, reiterou ainda.
A confirmar-se a disponibilidade do Chega, o voto contra ao OE que Ventura classificou de “irrevogável“ volta a cair por terra. Ventura tinha atirado a decisão para a bancada de 50 deputados, da qual o próprio faz parte, refirmando que a sua posição de “irrevogável” mantém-se. “É sabida a minha posição sobre o Orçamento e é claríssima. O presidente do Chega vai ouvir a bancada, não vai levar propostas. Hoje não é a minha posição, é a posição do grupo parlamentar”, esclareceu.
André Ventura volta a defender que o partido “tudo fará para evitar uma crise política, tudo fará para dar estabilidade”. Mas reitera também que tudo fará “para não ceder a chantagens e perder a identidade política”.
A direção do Chega convocou uma reunião de urgência do grupo parlamentar para esta terça-feira para decidir o sentido de voto do OE, depois de, na segunda-feira, o Conselho de Ministros ter pré-aprovado o Orçamento.
A dois dias da entrega do documento na Assembleia da República, o OE2025 tem ainda aprovação incerta, já que PSD e CDS somam 80 deputados, insuficientes para garantir a viabilização da proposta. Só com os votos a favor do Chega ou a abstenção do PS é que o Orçamento passa.
A bancada do PS reúne esta terça-feira à noite, no Parlamento, a partir das 21h30, para tomar uma posição. Antes, pelas 20h, o primeiro-ministro, Luís Montenegro dá uma entrevista, a primeira desde que tomou posse, na SIC.
Neste momento, a descida transversal do IRC é a linha vermelha que está a impedir um acordo entre o Governo da Aliança Democrática (AD) e o maior partido da oposição. O PS só aceita a redução de um ponto, de 21% para 20%, em 2025, desde que o Executivo não aprove futuras baixas da taxa nos orçamentos seguintes.
(Notícia atualizada às 19h34)
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