Caixa paga 670 milhões em dividendos, Banco de Portugal nada dá (outra vez)

Proposta de Orçamento do Estado para 2025 prevê dividendos de 671,5 milhões de euros da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Já o Banco de Portugal volta a não dar qualquer contributo.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) conta entregar 671,5 milhões de euros em dividendos ao Estado no próximo ano, de acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2025 a que o ECO teve acesso. Já o Banco de Portugal volta a não dar qualquer contributo.

O Ministério das Finanças contabilizou 683,2 milhões de euros em dividendos que as empresas públicas deverão distribuir no próximo ano, incluindo ainda Parpública (8,9 milhões), NAV (1,5 milhões), Porto de Lisboa (1 milhão), Parques Sintra (186,5 mil euros) e Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (142,4 mil euros).

O banco público volta a centrar todo o destaque. O setor continua a beneficiar do ambiente de elevadas taxas de juro. No caso da Caixa, que tem um rácio de payout de 40%, o dividendo previsional (abaixo dos 825 pagos este ano) aponta para que venha a registar um lucro recorde de 1,7 mil milhões de euros este ano — na primeira metade do ano lucrou 889 milhões.

Caso o dividendo se confirme, a CGD acumula quase 3,2 mil milhões de euros em dividendos distribuídos desde 2019, ou seja, com Paulo Macedo à frente da instituição. O desempenho já permitiu reembolsar a ajuda pública que o banco recebeu em 2017.

Já o Banco de Portugal, liderado por Mário Centeno, não tem qualquer cheque para entregar a Miranda Sarmento. O que era expectável dado que os bancos centrais estão a ser penalizados pelos juros elevados. Centeno já tinha avisado que o banco central ia atravessar um período de resultados negativos e que não ia pagar dividendos antes de 2026.

O ministro das Finanças entregou esta quinta-feira na Assembleia da República a proposta orçamental para 2025, cujo desfecho ainda é incerto tendo em conta as últimas posições assumidas quer pelo PS quer pelo Chega.

(Notícia atualizada às 16h00)

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