Economia portuguesa está menos “intensa” em carbono há quase dez anos
Em 2022 a Energia, água e saneamento foi o ramo de atividade com maior Intensidade Carbónica, seguido da Agricultura, silvicultura e pesca e da Indústria.
A intensidade carbónica da economia portuguesa, que mede a quantidade de emissões de gases com efeito de estufa por cada unidade de riqueza gerada, voltou a diminuir em 2022, prolongando uma tendência que se mantém desde 2013.
Entre 2013 e 2022, a intensidade carbónica da economia portuguesa decresceu 23,5%, lê-se no boletim publicado esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. A contribuir para esta tendência, explica o INE, está o aumento em dois pontos percentuais da produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis, nomeadamente fotovoltaica, a substituição por fontes menos poluentes na indústria e a implementação de medidas de eficiência energética, como as melhorias na eficiência dos transportes e das habitações, por via da certificação dos edifícios.
Em 2022 a Energia, água e saneamento foi o ramo de atividade com maior Intensidade Carbónica, seguido da Agricultura, silvicultura e pesca e da indústria. No período compreendido entre 2013 e 2022, os ramos de atividade que registaram maiores reduções da Intensidade Carbónica foram a Indústria (-26,7%) e a Energia, água e saneamento (-25,8%). A Construção (+8,2%) e a Agricultura, silvicultura e pesca (+3,5%) foram os ramos que registaram aumentos.
Em 2022, as emissões de gases com efeito de estufa geradas pelas atividades económicas em Portugal somaram 60,2 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente, sendo 9,5% inferiores às de 2013 e 18,3% inferiores às de 2017, ano no qual se registou o resultado mais elevado desta década (73,7 milhões de toneladas de CO2 equivalente).
Os setores de atividade que mais pesam na emissão de gases com efeito de estufa para a atmosfera são a Indústria (23,3%), a Energia, água e saneamento (22,7%) e as famílias (15,3%). E são precisamente estes grandes emissores que têm vindo a reduzir os seus contributos poluentes. A redução foi de 11,6% no caso da indústria, de 30,7% na Energia e água e de 3% nas famílias.
Já os restantes setores rumam no sentido oposto. O destaque vai para a Construção, que polui hoje 27,1% mais do que em 2013, mas também para os Transportes, informação e comunicação (uma subida de 10,4%) e a Agricultura, silvicultura, pesca (mais 4,2%)
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