5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Espanha e França nos mercados de dívida, aos juros da dívida portuguesa após o reembolso ao FMI, mas também a Impresa, o euro e o desemprego vão estar em foco na primeira sessão do terceiro trimestre.

Se as bolsas estarão a meio gás em antecipação ao feriado nos EUA, no mercado de obrigações, Espanha e França vão procurar financiamento num primeiro teste após a sinalização de que os estímulos do Banco Central Europeu (BCE) estão a chegar ao fim. Em Portugal, o foco recai, na bolsa, na Impresa, com a Altice de olho na TVI e a Prisa numa posição vendedora, já no mercado de dívida as atenções estão viradas para a queda, ou não, da taxa a dez anos para baixo dos 3%. No sobe e desce está também o euro à conta da inflação. Hoje há mais dados importantes: vem aí a taxa de desemprego na Zona Euro.

Media Capital perto de trocar de mãos. E a Impresa?

A Prisa anunciou que tem de reduzir o perímetro do grupo de media espanhol, do qual a Media Capital, dona da TVI, faz parte. Tem de desinvestir para pagar a dívida e a venda da operação em Portugal à Altice está a ser negociada. É uma operação que deverá precipitar uma guerra no mercado televisivo português. Se a PT Portugal comprar a TVI, a Nos deverá avançar para a aquisição da SIC, perspetivaram já os analistas. Como reagem as ações da empresa de media que já duplicaram de valor este ano?

Juros em foco após reembolso ao FMI

Portugal já deve menos ao FMI. O Ministério das Finanças anunciou no final da semana que procedeu a novo reembolso de 1.000 milhões ao fundo. E conta devolver um total de 2.600 milhões até agosto. A estratégia de antecipação dos reembolsos ao FMI têm sido aplaudida pelos parceiros europeus, mas também pelos investidores. Depois da subida com os receios em torno do fim dos estímulos do BCE, poderá este sinal de força das finanças públicas portuguesas levar a taxa a dez anos novamente para baixo da fasquia dos 3%? Espanha e França vão ao mercado no primeiro teste após as palavras de Draghi.

Bolsas a meio gás antes do 4 de julho

A semana arranca… a meio gás. As bolsas norte-americanas apenas vão estar abertas durante metade do dia, o que deverá traduzir-se numa liquidez mais reduzida na generalidade dos mercados acionistas. Wall Street fecha às 18h00 (hora de Lisboa), permanecendo encerrado no dia seguinte, 4 de julho, o Dia da Independência.

Euro entre Draghi e a inflação

Euro sobe, euro desce. A volatilidade continua a dominar a negociação da moeda única europeia depois de uma semana intensa no mercado cambial. Se Draghi deixou a porta aberta ao fim dos estímulos, o que atirou o euro para máximos de um ano, a evolução da taxa de inflação veio contrariar um pouco este cenário. O abrandamento da subida dos preços, muito por culpa do petróleo, veio dar o alerta de que o BCE tem de continuar a suportar a recuperação da região.

Desemprego estável na Zona Euro

O Eurostat faz nova atualização acerca do mercado de trabalho na Zona Euro. Apresenta a evolução da taxa de desemprego em maio na região da moeda única. Os economistas consultados pela Bloomberg não antecipam grandes surpresas. A taxa deverá continuar nos 9,3%, tal como no mês anterior. Em Portugal, a taxa de desemprego baixou para 9,5% em abril, sendo que a projeção para maio é de 9,4%, ou seja, já muito perto da média da Zona Euro.

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