Líderes da família europeia do PSD pedem a Borrell que reconheça Urrutia como Presidente da Venezuela

Líder do PPE e mais 35 signatários, um dos quais Sebastião Bugalho, urgem ao chefe da diplomacia europeia que siga o "passo lógico" de reconhecer Urrutia como Presidente eleito da Venezuela.

O líder do Partido Popular Europeu (PPE), Manfred Weber e outros 35 signatários, entre eles, Sebastião Bugalho, enviaram esta quarta-feira uma carta ao chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, apelando que a União Europeia reconhecesse Edmundo González Urrutia como o legítimo Presidente eleito da Venezuela, na sequência das eleições a 28 de julho.

Na missiva a que o ECO teve acesso, os responsáveis do PPE – que incluem ainda o vice-presidente do Parlamento Europeu, Esteban González Pons, o presidente da Comissão de Assuntos Externos, onze chefes de delegações nacionais e oito vice-presidentes do grupo – apelam a Borrell para que seja coerente nas suas ações.

Na carta, os eurodeputados recordam que Borrell afirmou recentemente que face às abundantes provas recolhidas pela oposição e os resultados eleitorais apresentados publicamente pelo Centro Carter, “Maduro não ganhou as eleições e foi o líder da oposição que as ganhou”.

Assim, o PPE considera que o chefe da diplomacia, em nome da União Europeia, deve dar o “passo lógico e necessário de reconhecer expressamente Edmundo González Urrutia como o legítimo Presidente eleito da Venezuela” de forma inequívoca, em conformidade com a resolução do Parlamento Europeu, de 19 de setembro de 2024, sobre a situação na Venezuela.

A família europeia do PSD pede também o responsável a fazer “todos os esforços para garantir que a democracia venezuelana e a vontade dos eleitores”, “sejam respeitados”.

Além do tema ter sido discutido no Parlamento Europeu, em setembro, por cá, os deputados também irão debater e votar na Assembleia da República um conjunto de projetos de resolução dos vários grupos políticos no mesmo sentido, esta quarta-feira. A Iniciativa Liberal é o único partido que pede para que haja um “reconhecimento internacional de Edmundo González Urrutia como vencedor das eleições presidenciais venezuelanas de dia 28 de julho de 2024“.

Fora os liberais, também o Chega e o PSD, respetivamente, recomendam ao Governo que tome medidas para não só “defender a democracia e o Estado de Direito na República Bolivariana da Venezuela” – à semelhança dos projetos de resolução do PCP, Bloco de Esquerda e Livre – como também sejam feitos “todos os esforços necessários para garantir a segurança da comunidade portuguesa” que reside naquele país.

Recorde-se que no passado dia 10 de outubro, o primeiro-ministro esteve reunido com Edmundo González Urrutia, em São Bento, numa demonstração de apoio ao opositor de Nicolás Maduro. Esta terça-feira, no debate preparatório para o Conselho Europeu, Luís Montenegro sublinhou o Governo “não reconhece o resultado eleitoral que mantém no poder” o atual presidente mas “olha para a Venezuela sem esquecer o interesse e a obrigação de preservar a segurança dos nossos compatriotas, que são centenas de milhares que vivem naquele país”.

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