“Promotores não estão a ganhar rios de dinheiro porque construção está muito mais cara”
"Toda a gente diz que os promotores estão a ganhar rios de dinheiro, mas não estão. Estão é a pagar muito mais caro aquilo que se constrói", afirma a administradora da RAR Imobiliária.
O aumento dos preços da habitação deve-se também à construção que “está muito mais cara”, disse Paula Fernandes, administradora da RAR Imobiliária, no evento Porto Property Pace, organizado pela CBRE, que decorreu esta quinta-feira, na Foz. “Os promotores não estão a ganhar rios de dinheiro”, garante. No Porto, o preço pedido por metro quadrado ronda os 2.941 euros, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Todos nós falamos no valor de venda, mas falamos pouco dos custos da construção. A verdade é que a justificação para estes valores tão elevados prende-se muito ao aumento exponencial dos custos de construção. Toda gente diz que os promotores estão a ganhar rios de dinheiro, não estão. Estão é a pagar muito mais caro aquilo que se constrói”, disse Paula Fernandes.
Toda gente diz que os promotores estão a ganhar rios de dinheiro, não estão. Estão é a pagar muito mais caro aquilo que se constrói.
A RAR Imobiliária está a investir fortemente no Porto e, neste momento, tem em mãos dois novos projetos na Foz Velha e Boavista, num investimento de 40 milhões de euros. Para além da imobiliária RAR, os espanhóis da Quest Capital estão a investir em Portugal, nomeadamente nas Antas e no Shopping La Vie no Porto.
A Tikehau Capital e a Quest Capital investiram 52 milhões para transformar o centro comercial num hub empresarial. Nas Antas, a Quantico-Albatross está a desenvolver o projeto Antas Atrium, um empreendimento residencial de mil apartamentos que foi em tempos a morada do antigo estádio das Antas. Um projeto que vai desenvolver-se em seis fases e representa um investimento de 240 milhões de euros.
Cristóbal de Castro, managing director da Quest Capital, disse no evento que em apenas dez dias venderam 60 apartamentos em planta do Antas Atrium com o metro quadrado a rondar os 4.100 euros. Cristóbal de Castro garantiu que “querem continuar a investir no Porto”.
Rita Marques, ex-secretária de estado do turismo, não tem dúvidas que a “marca Porto posiciona-se bem a nível de território”, mas considera que a “Invicta deve-se abrir à região Norte para começar a distribuir a carga turística”. A lógica da distribuição dos fluxos já é uma realidade, tendo em conta que a Câmara do Porto criou oito quarteirões para aliviar pressão turística na cidade.
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