Governo aprova 331 milhões para proteger a floresta e aumenta em 50% apoio às empresas afetadas pelos incêndios
O montante será financiado pelo Fundo Ambiental e deverá ser executado no prazo de 20 anos. O Conselho de Ministros reforçou em 50% os apoios às empresas atingidas pelos incêndios de setembro.
O Governo aprovou um investimento de 331 milhões de euros a ser executado num prazo de 20 anos no sentido de melhorar a gestão florestal e reconfigurar a paisagem de forma a torna-la mais resiliente aos incêndios, anunciou António Leitão Amaro. A decisão foi anunciada esta quinta-feira durante o briefing do Conselho de Ministros. O montante será financiado pelo Fundo Ambiental.
“Trata-se de uma intervenção estrutural. [A verba] é destinada a financiar operações integradas de gestão da paisagem”, explicou o governante, detalhando que se tratam de operações que “na prática alteram a florestam, melhoram o planeamento familiar e reconfiguram a paisagem tornando-a mais resiliente, mais forte, mais robusta, mais capaz de prevenir incêndios“.
Além deste pacote, o Conselho de Ministros decidiu reforçar os apoios dos empreendedores vítimas dos incêndios de setembro, n região de Aveiro e do Porto. No que toca às ajudas concedidas às empresas afetadas pela catástrofe na região de Aveiro, o Governo aumentou o limiar máximo de 200 mil para 300 mil euros.
“No plano dos apoios às empresas afetadas por catástrofes, mudámos o regime geral, mas aplica-se também a esta situação [incêndios]. Aumentámos de 200 mil para 300 mil o limite de apoio de empresas afetadas pelos incêndios. É um reforço em 50% do valor que existia“, referiu o ministro da Presidência, esta quinta-feira.
Quanto aos apoios aos agricultores afetados, Leitão Amaro referiu que já estão a ser pagos os apoios no valor de seis mil euros às pessoas afetadas, “de forma simplificada”, e que “em breve” será feito um balanço sobre esses apoios pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida. Recorde-se, que o pagamento aos agricultores começou a ser feito esta semana, e segundo o Governo vai abranger entre cinco mil e oito mil pessoas. O valor máximo de indemnização para cada agricultor é de seis mil euros.
Os incêndios florestais consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus. Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Notícia atualizada às 17h11 pela última vez
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