Madrid suaviza “impuestazo” sobre empresas de energia que já desviou investimento da Repsol para Sines
Pedro Sánchez redesenha imposto extraordinário sobre energéticas para evitar fuga de mais investimentos. Será antes aplicado aos lucros e dedutível fiscalmente, aliviando a carga sobre grandes grupos.
Depois da polémica relacionada com a tributação sobre as empresas energéticas que levou a Repsol a dar ordem de suspensão de todos os investimentos de hidrogénio previstos em Espanha e reforçar em 15 milhões o investimento no eletrolisador em Sines, o Governo liderado por Pedro Sánchez prepara-se para suavizar o desenho da medida, que pretende tornar permanente a cobrança deste imposto extraordinário, que abrange também o setor bancário.
Segundo avança o Expansion, o Executivo está a redesenhar o imposto sobre as empresas de energia para que seja aplicado sobre os lucros e não sobre as vendas, com a possibilidade de ser dedutível fiscalmente, aliviando desta forma a carga suportada por empresas como Repsol, Cepsa, Iberdrola, Endesa, Naturgy, EDP ou Acciona. Por outro lado, passa a recair sobre todas as empresas do setor, e não apenas sobre estes grandes grupos. O atual imposto extraordinário prevê uma tributação de 1,2% sobre as vendas e em 2023 rendeu mais de 1.300 milhões de euros.
Também o El Pais destaca o tema na edição desta quarta-feira, contando que o Governo liderado pelo PSOE está a atrasar a aprovação desta alteração, que terá de estar fechada até 31 de dezembro para poder ser aplicada aos resultados relativos ao exercício deste ano. Escreve o jornal que os Ministérios das Finanças e da Economia estão a estudar suavizar o imposto para o “adaptar ao ciclo económico, evitar a fuga de mais investimentos face à ameaça das empresas e obter o apoio do PNV e Junts”, parceiros que suportam o Governo socialista do outro lado da fronteira.
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