Madrid suaviza “impuestazo” sobre empresas de energia que já desviou investimento da Repsol para Sines

  • ECO
  • 23 Outubro 2024

Pedro Sánchez redesenha imposto extraordinário sobre energéticas para evitar fuga de mais investimentos. Será antes aplicado aos lucros e dedutível fiscalmente, aliviando a carga sobre grandes grupos.

Depois da polémica relacionada com a tributação sobre as empresas energéticas que levou a Repsol a dar ordem de suspensão de todos os investimentos de hidrogénio previstos em Espanha e reforçar em 15 milhões o investimento no eletrolisador em Sines, o Governo liderado por Pedro Sánchez prepara-se para suavizar o desenho da medida, que pretende tornar permanente a cobrança deste imposto extraordinário, que abrange também o setor bancário.

Segundo avança o Expansion, o Executivo está a redesenhar o imposto sobre as empresas de energia para que seja aplicado sobre os lucros e não sobre as vendas, com a possibilidade de ser dedutível fiscalmente, aliviando desta forma a carga suportada por empresas como Repsol, Cepsa, Iberdrola, Endesa, Naturgy, EDP ou Acciona. Por outro lado, passa a recair sobre todas as empresas do setor, e não apenas sobre estes grandes grupos. O atual imposto extraordinário prevê uma tributação de 1,2% sobre as vendas e em 2023 rendeu mais de 1.300 milhões de euros.

Também o El Pais destaca o tema na edição desta quarta-feira, contando que o Governo liderado pelo PSOE está a atrasar a aprovação desta alteração, que terá de estar fechada até 31 de dezembro para poder ser aplicada aos resultados relativos ao exercício deste ano. Escreve o jornal que os Ministérios das Finanças e da Economia estão a estudar suavizar o imposto para o “adaptar ao ciclo económico, evitar a fuga de mais investimentos face à ameaça das empresas e obter o apoio do PNV e Junts”, parceiros que suportam o Governo socialista do outro lado da fronteira.

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