Investimento da Repsol em Portugal é “estruturante”, avalia Pedro Reis

Repsol desvia para Sines investimento de 15 milhões em hidrogénio. Questionado pelo ECO sobre eventual fim da contribuição sobre setor energético, o ministro respondeu apenas: “Não vou entrar por aí”.

“O investimento espanhol é muitíssimo bem-vindo a Portugal. É muitíssimo estruturante e já está em Portugal”. É desta forma que o ministro da Economia, Pedro Reis, reage à notícia de que a Repsol decidiu suspender todos os investimentos de hidrogénio previstos em Espanha, e vai avançar com a construção do novo eletrolisador em Sines.

Pedro Reis admite que não sabe se outras empresas espanholas vão seguir o caminho da Repsol. Mas, à margem do congresso dos gestores portugueses, esta terça-feira, sublinhou que “seja um reforço ou um novo investimento, todo o investimento externo é importante para nós e, por maioria de razão, o espanhol é particularmente próximo, interessante e complementar”.

A relocalização do eletrolisador para Portugal e a suspensão de uma carteira de investimentos de hidrogénio em Espanha foram decididas como forma de protesto contra a decisão do Governo espanhol de tornar permanente um imposto extraordinário cobrado em 2022. Isso “faz com que o ambiente regulamentar não seja propício a grandes investimentos industriais a longo prazo”, disse ao ECO fonte oficial da Repsol.

No entanto, Portugal também tem uma contribuição extraordinária sobre o setor energético (CESE), que é cobrada desde 2014 e que este ano deverá render aos cofres do Estado cerca de 125 milhões de euros. Apesar de ter um caráter temporário, já foi renovada pela 12.ª vez consecutiva.

A proposta de Orçamento do Estado para 2025 admite arrecadar 563 milhões de euros com a CESE, o Adicional ao IMI (AIMI), a Contribuição sobre o Setor Bancário (CSB) e o Adicional de Solidariedade sobre o Setor Bancário (ASSB).

Questionado pelo ECO sobre se este é um sinal de que Portugal deveria pôr fim à contribuição sobre o setor energético, Pedro Reis atirou apenas: “Não vou entrar por aí”.

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