Candidatos às escolas onde faltam docentes são mais do dobro das vagas abertas
Concorreram mais de cinco mil docentes ao concurso extraordinário que foi aberto para preencher quase 2.500 vagas de um conjunto de escolas onde estavam identificadas como havendo alunos sem aulas.
O número de candidatos às escolas das regiões de Lisboa, Alentejo e Algarve onde há falta de professores, é mais do dobro das vagas abertas, revelou esta sexta-feira no parlamento o ministro da Educação.
“O número de candidatos mais do que duplicou em relação as vagas”, anunciou o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, durante o debate sobre política setorial do ministério que está a decorrer no parlamento esta sexta-feira.
Segundo o ministro, concorreram mais de cinco mil docentes ao concurso extraordinário que foi aberto para preencher quase 2.500 vagas de um conjunto de escolas onde estavam identificadas como havendo reiteradamente alunos sem aulas.
Este concurso extraordinário prevê ainda a atribuição de um apoio à deslocação a todos os docentes que fiquem colocados a mais de 70 quilómetros de casa. Dos mais de dois mil docentes que pediram apoio a deslocação, mais de metade está a uma distância superior a 300 km de casa e como tal irão receber a verba máxima, revelou ainda o ministro.
“Com as 17 medidas e o concurso extraordinário estamos a resolver o problema”, defendeu o ministro, referindo-se ao plano de 17 medidas anunciado no verão que prevê reduzir até ao natal o número de alunos sem aulas.
Entre as medidas está a possibilidade de regresso de professores aposentados. O plano do Governo previa que este ano letivo pudessem regressar às escolas cerca de 200 docentes, tendo já aceitado este desafio 79, segundo dados apresentados esta sexta-feira pelo Ministério.
Outra das medidas do plano passa pelo alargamento do horário dos docentes.
“Há mais sete mil alunos com aulas graças aos professores que aceitaram prolongar o seu horário“, revelou Fernando Alexandre.
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