Digi lança site e já permite contratar serviços em Portugal
A nova operadora lançou esta terça-feira de manhã o site onde permite contratar os serviços e ver todas as informações. Serviço é mais barato, mas limitado face à concorrência.
A nova operadora Digi começou esta terça-feira de manhã a vender os seus serviços no mercado português, incluindo comunicações fixas, móveis e televisão, com combinações a preços que podem ser menos de metade dos praticados pelas operadoras já estabelecidas com redes próprias, porém, com várias limitações.
O site da operadora ficou disponível por volta das 9h30, menos de 24 horas depois de a empresa se ter apresentado ao país num evento que decorreu em Lisboa, e no qual se queixou de estar a enfrentar “barreiras” à sua entrada. Exemplo disso é o facto de a empresa não ter conseguido instalar, para já, nenhuma antena nos túneis do metro de Lisboa.
O novo portal da empresa de origem romena, que pouco depois do lançamento ainda apresentava muita instabilidade, também mostra que a Digi conseguiu ultrapassar algumas das dificuldades nas negociações com as televisões, mas não todas. Na lista de canais incluídos na oferta da Digi não consta nem a SIC, nem a SIC Notícias.
Pelo contrário, a operadora foi capaz de resolver o diferendo com a Media Capital, que foi público, pelo que TVI e CNN Portugal estão incluídos no serviço, assim como os canais da estação pública RTP. Nesta fase, com “mais de 60 canais” disponíveis, a empresa disponibilizará uma box com funcionalidades mais básicas e promete lançar uma aplicação para ver TV no telemóvel ou no tablet “brevemente”.
Na internet fixa, a Digi oferece, nesta fase, velocidades até 1 Gbps (gigabit por segundo), exigindo uma fidelização de apenas três meses, em comparação com os 24 meses normalmente praticados no mercado. Também é possível juntar telefone fixo à oferta de fibra. Mas não é clara a abrangência territorial.
O site permite verificar se uma determinada morada tem cobertura. O ECO testou duas diferentes, uma na área metropolitana de Lisboa e outra no interior do país, no distrito de Santarém. Para a primeira, o site indicou que não tem cobertura, apesar de existir um ponto de acesso de fibra no edifício, como foi possível comprovar empiricamente. A segunda, numa região rural, também ainda não tinha cobertura.
Em relação ao móvel, a Digi disponibiliza plafonds a começar nos 50 GB mensais, com os gigas não gastos a acumularem para o mês seguinte, podendo ser gastos até ao fim desse mês. Também é possível optar por dados ilimitados.
Ao permitir combinar vários serviços ao gosto do consumidor, os preços são apresentados de forma individual: cada cartão de telemóvel começa nos quatro euros mensais; a internet fixa custa dez euros, a televisão soma mais 12; e o telefone fica por mais um euro, no mínimo. Com isto, um pacote com quatro serviços na Digi pode ficar por menos de 30 euros, IVA incluído, o que compara com os mais de 60 cobrados pela operadora com maior quota de mercado.
Mas as comparações devem ser feitas com cautela. Não é clara a abrangência territorial da rede de fibra da Digi e a própria empresa assume que ainda terá de melhorar a sua rede móvel, por exemplo, no que toca à cobertura no interior de edifícios. Além disso, na maior parte dos locais em Portugal continental, a empresa disponibiliza apenas 2G ou 4G, com cobertura de 93% da população, enquanto o 5G, que só existe em áreas urbanas, cobre apenas 40% dos portugueses.
Quanto às zonas negras, além do metro de Lisboa, a empresa ainda não está disponível nas regiões autónomas. E, nesta primeira fase, não aceita clientes empresariais.
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