Juncker chama “ridículo” a Parlamento Europeu vazio em debate maltês e Tajani repreende-o

  • Lusa e ECO
  • 4 Julho 2017

Chamou “ridículo” ao Parlamento Europeu, num debate em que participaram cerca de 30 dos 751 eurodeputados, palavras que lhe valeram uma repreensão do líder do hemiciclo.

O presidente da Comissão Europeia chamou hoje “ridículo” ao Parlamento Europeu, num debate em que participaram cerca de 30 dos 751 eurodeputados, palavras que lhe valeram uma repreensão do líder do hemiciclo, ameaçando nunca mais participar num debate assim.

O Parlamento Europeu é ridículo, muito ridículo. Saúdo os que se deram ao trabalho de estar na sala. Mas o facto de haver só uma trintena de deputados presentes neste debate é suficientemente demonstrativo que este parlamento não é sério”, disse Jean-Claude Juncker, intervindo no primeiro debate do dia em Estrasburgo, às 09:00 (08:00 em Lisboa), e perante uma sala praticamente vazia.

O líder do executivo comunitário salientou ainda, citado pela Lusa, que se em vez do primeiro-ministro maltês, Joseph Muscat, estivesse na sala a chanceler alemã, Angela Merkel, ou o presidente francês, Emmanuel Macron, haveria “uma casa cheia”.

“O Parlamento é completamente ridículo”, repetiu Juncker, na introdução inicial no debate sobre a presidência semestral maltesa, que terminou no dia 30 de junho.

As críticas do presidente da Comissão valeram-lhe uma admoestação por parte do seu homólogo do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, que o interrompeu para lhe pedir um tratamento “mais respeitoso”.

“Pode criticar, mas não é a Comissão que controla o Parlamento, é o Parlamento que controla a Comissão”, salientou Tajani, exigindo uma linguagem mais comedida.

“Nunca mais estarei presente numa sessão como esta”, ameaçou Juncker, depois de voltar a chamar de ridícula a falta de assiduidade dos eurodeputados.

“O Parlamento tem que respeitar mesmo as presidências dos países mais pequenos, o que não está a fazer”, rematou o presidente da Comissão Europeia.

Mais tarde, o porta-voz do Parlamento Europeu, Jaume Duch, veio dizer, numa mensagem publicada no Twitter, que Juncker já lamentou a expressão utilizada durante o debate.

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