Trabalhadores portugueses recebem em média 23 mil euros por ano. Menos 10 mil que os espanhóis
Trabalhadores portugueses a tempo inteiro ganham, em média, 23 mil euros brutos por ano. Em Espanha, o vencimento médio ronda os 33 mil euros e no Luxemburgo supera os 81 mil euros.
Os salários praticados em Portugal têm crescido, mas continuam a sair mal na fotografia europeia. De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat, o ordenado médio anual ajustado a tempo inteiro foi de cerca de 23 mil euros em Portugal no último ano. Um valor que é não só inferior à média comunitária, como é também o nono mais baixo entre os vários países que compõem o bloco comunitário.
De acordo com o gabinete de estatísticas, em 2023, o salário médio anual ajustado a tempo inteiro na União Europeia foi de 37.900 euros, o que significa que houve um salto de 6,5% face ao ano anterior.
Já entre os vários Estados-membros, o campeão é o Luxemburgo, país onde o ordenado médio anual ajustado a tempo inteiro foi de 81.100 euros em 2023. No pódio, aparecem ainda a Dinamarca e a Irlanda, com salários médios de 67.600 euros e 58.700 euros, respetivamente.
Em contraste, na Bulgária o vencimento anual ajustado a tempo inteiro fixou-se em 13.500 euros, sendo o menos atrativo de toda a União Europeia. Também na base da tabela, estão a Hungria (16.900 euros) e a Grécia (17.00 euros).
Por sua vez, Portugal está mais próximo deste último grupo do que do primeiro. Com um salário médio anual ajustado a tempo inteiro de 22.933 euros, o país regista o nono pior valor do bloco comunitário. Em Espanha, do outro lado da fronteira, o vencimento médio ronda os 33 mil euros.
Ainda assim, houve uma melhoria face a 2022, ano em que o vencimento médio superava apenas em 131 euros os 21 mil euros anuais.
O reforço dos salários tem sido uma das prioridades assumidas pelos Governos nacionais –tendo sido assinado um acordo na Concertação Social para esse fim pelo anterior Executivo e pelo atual –, mas continua a não ser suficiente para tornar Portugal mais atrativo a este nível.
De notar que todos estes salários são brutos, isto é, são ainda sujeitos a impostos e contribuições sociais, pelo que o que chega à carteira dos trabalhadores é um valor inferior. Neste indicador, os trabalhadores em part-time são ajustados para terem equivalência a trabalhadores em tempo inteiro, de acordo com o Eurostat.
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