Paulo Macedo avança para novo mandato à frente da Caixa

Líder do banco público adiantou que aceitou o convite endereçado pelo ministro das Finanças para renovar mandato até 2028. António Farinha Morais continuará como chairman. Mas haverá mudanças.

Paulo Macedo, presidente da comissão executiva, com o administrador José João Guilherme.

Paulo Macedo adiantou esta quinta-feira que aceitou o convite do ministro das Finanças para um novo mandato à frente da Caixa Geral de Depósitos (CGD). O gestor disse ainda que haverá mudanças na sua próxima equipa e que António Farinha Morais seguirá como chairman.

“Sim, fui convidado pelo senhor ministro”, disse numa primeira ocasião durante a apresentação dos resultados dos primeiros nove meses. Mais tarde, questionado pelos jornalistas sobre se aceitou o convite, Paulo Macedo respondeu afirmativamente e revelou que António Farinha Morais também continuará a presidir ao conselho de administração.

O mandato da atual administração termina no final do ano e Paulo Macedo desvendou que haverá mudança na equipa para o mandato 2025-2028, mas sem adiantar nomes. “Obviamente haverá mudanças, a última vez teve uma remodelação de 40%. Não quer dizer que vai ser assim novamente. Mas é negativo falar de pessoas, queimam-se nomes, criam-se expectativas. Não é positivo”, explicou.

Paulo Macedo não se alongou sobre o envolvimento do seu nome no caso da EDP, dizendo que a questão era conhecida e que os gestores são avaliados em termos de fit & proper todos os anos.

“Não haverá encerramento de agências”

Entre outros trabalhos, o gestor apontou que quer continuar a fazer a “limpeza do balanço” e anunciou que o banco irá vender carteiras de malparado de 440 milhões de euros nos próximos tempos. E vai desfazer-se ainda de participações que não são estratégicas para o banco.

Apontou ainda o desafio de fazer crescer o volume de negócio num quadro de descida de juros e de maior concorrência. “A Caixa quer aumentar os volumes, o problema é que os outros bancos também querem. (…) Vai ser essencial os níveis de serviço, sabemos que quanto mais baixas as taxas mais importante é o nível de serviço, a marca e a reputação”, disse.

Sobre a redução de serviços financeiros no interior do país e nas ilhas, Paulo Macedo frisou que não haverá qualquer encerramento de agências. E notou que “todos os balcões vão continuar a ter pessoas, que poderão acompanhar, fazer todo o apoio às pessoas com mais dificuldades [com as máquinas]”.

A Caixa registou uma subida de quase 40% dos lucros para 1.369 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.

(Notícia atualizada às 18h11)

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