Custos das empresas com salários subiram mais de 8% durante o verão

Custo do trabalho aumentou 8,4% no terceiro trimestre. Componente salarial subiu 8,4%, enquanto outros custos (nomeadamente, impostos e seguros de saúde) cresceram 8,2%, segundo INE.

Os custos do trabalho suportados pelas empresas nacionais por cada hora trabalhada aceleraram no terceiro trimestre, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). No caso dos salários, houve um aumento de 8,4%, o que compara com a subida de 7,2% que tinha sido registada nos três meses anteriores.

“No terceiro trimestre de 2024, o índice de custo do trabalho registou um acréscimo homólogo de 8,4%. No trimestre anterior, tinha aumentado 7,4%. Os custos salariais aumentaram 8,4% e os outros custos aumentaram 8,2% em relação ao mesmo período do ano anterior”, informa o gabinete de estatísticas, num destaque publicado esta manhã.

No que diz respeito especificamente aos custos com salários, há a notar diferenças relevantes entre os vários setores: enquanto na indústria a subida foi de 10,4%, na Administração Pública foi de 8,8%, na construção foi de 8,6% e nos serviços foi de 7,1%. “Comparativamente ao trimestre anterior, o acréscimo observado neste trimestre foi igual na indústria, menor na construção e nos serviços e maior na Administração Pública”, detalha o INE.

Já quanto aos custos não salariais (que incluem, nomeadamente, impostos, contribuições sociais e seguros de saúde), a indústria verificou um aumento de 10,4%, enquanto a Administração Pública contabilizou um crescimento de 8,6%, a construção uma subida de 8,5% e os serviços um avanço de 6,9%. “Em relação ao trimestre anterior, registou-se um aumento menos na construção e nos serviços, e maior na indústria e na Administração Pública“, indica o gabinete de estatísticas.

24% dos desempregados encontraram trabalho

No que diz respeito aos fluxos do mercado de trabalho registados no terceiro trimestre, os dados do INE dá conta que 24% dos desempregados encontraram trabalho no verão, transitando para o emprego. Em causa estão 79,7 mil pessoas. No entanto, 22,6% dos desempregados (75,2 mil pessoas) passaram para a inatividade.

Já entre as pessoas que estavam empregadas, quase 97% permaneceram nessa situação, enquanto 1,3% (67,2 mil pessoas) passaram para o desemprego e 1,9% (99,4 mil pessoas) transitaram para a inatividade.

“Ao mesmo tempo, transitaram para um trabalho por conta de outrem 9,6% (69,9 mil) das pessoas que tinham um trabalho por conta própria. Do total de trabalhadores por conta de outrem que, no segundo trimestre de 2024, tinham um contrato de trabalho com termo ou outro tipo de contrato, 24,0% (167,7 mil) passaram a ter um contrato sem termo no 3.º trimestre de 2024″, sublinha o INE.

Notícia atualizada às 11h43

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