Trabalho temporário dispara 10% entre agosto e setembro
Foram colocados 2.895 trabalhadores em contratos de trabalho temporário em setembro, mais 10% do que em agosto e o "melhor mês do ano, até ao momento", segundo APESPE-RH.
O trabalho temporário cresceu entre agosto e setembro em Portugal, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pela Associação Portuguesa das Empresas do Setor Privado de Emprego e de Recursos Humanos (APESPE-RH). Em causa está um salto de 10%. Ainda assim, no conjunto do terceiro trimestre, verificou-se um decréscimo ligeiro em cadeia.
Comecemos pelos dados mensais. Segundo o barómetro feito pela APESPE-RH em parceria com o Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), em setembro foram colocados 2.895 trabalhadores em contratos de trabalho temporários, mais 10% do que em agosto e o “melhor mês do ano, até ao momento“.
Ainda assim, no conjunto do terceiro trimestre, houve uma redução em cadeia. Foram colocados, no total, 90.291 trabalhadores, menos 337 pessoas do que no trimestre anterior. É o corresponde a um recuo de 0,4% face ao segundo trimestre.
E também em termos homólogos verificou-se um recuo, mostram os dados. “No total, a diminuição no número de colocações no terceiro trimestre trimestre de 2024 face ao mesmo período do ano anterior foi de -10,44% (100.819 em 2023 vs. 90.291 em 2024)”, sublinha a APESPE-RH.
Ainda assim, a associação considera que se verificam sinais positivos, uma vez que, desde o início do ano, o trabalho temporário vinha crescendo (no primeiro e segundo trimestres).
Já relativamente à caracterização dos trabalhadores temporários, entre 24% a 26% dos colocados têm idade média acima dos 40 anos. “Também é significativa (cerca de 21%) a percentagem de colocados com idades entre os 25 e os 29 anos”, observa a APESPE-RH.
O ensino básico mantém-se o nível de escolaridade predominante nas colocações efetuadas de trabalhadores com contrato de trabalho temporário (entre 58% a 59% no terceiro trimestre do ano).
E as empresas de fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis continuaram em primeiro lugar. Já as empresas de atividades auxiliares dos transportes assumem o segundo lugar nos setores de atividade do trabalho temporário no mês de julho e agosto, representando cerca de 7% a 9%. Por outro lado, as empresas de fornecimento de refeições para eventos e outras atividades ficaram o segundo lugar no mês de setembro.
Em julho e agosto, a terceira posição é ocupada pelas empresas de fornecimento de refeições para eventos e outras atividades (5% a 6%) e no mês de setembro este lugar pertence às empresas de atividades auxiliares dos transportes (8%).
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