Ligações à Meo? “Obviamente que serei isenta”

Margarida Sá Costa, indigitada para a administração da Anacom mas criticada pelas ligações à Meo, assumiu um compromisso de isenção no Parlamento. "Obviamente que serei isenta", garantiu.

Margarida Sá Costa, indigitada pelo Governo para a administração da Anacom, foi ouvida na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, onde assumiu perante os deputados um “compromisso de isenção e transparência” no cargo que irá desempenhar, apesar das ligações que mantém com a Meo, da Altice.

Margarida Sá Costa foi um dos nomes mais criticados entre as escolhas do ministério do Planeamento e Infraestruturas, sobretudo pelas ligações à Meo. Entrou na Portugal Telecom como conselheira e chegou a assessora dos antigos presidentes da PT, Miguel Horta e Costa e Francisco Murteira Nabo.

Na audição desta quarta-feira, Margarida Sá Costa disse que já declarou “possuir um vínculo contratual com a Meo”, entre outras incompatibilidades que “cessarão” antes mesmo de assumir funções na administração da Anacom. E acrescentou: “O facto de o meu percurso profissional estar ligado ao desenvolvimento do setor de telecomunicações [é positivo tendo em conta] o conhecimento do setor que em mim aporta.” “O meu compromisso é sério e honesto. Obviamente que serei isenta”, garantiu.

Margarida Sá Costa no Parlamento.

Excluídos das decisões quando houverem “incompatibilidades”

O próximo presidente da Anacom, João Cadete de Matos, também foi ouvido no Parlamento, onde se comprometeu a garantir a “total independência e isenção” do conselho de administração do regulador das telecomunicações.

João Cadete de Matos foi questionado pelos deputados na sequência de críticas de vários quadrantes aos nomes escolhidos para a liderança daquela entidade, sobretudo ao de Dalila Araújo e Margarida Sá Costa, duas pessoas com ligações à PT Portugal, uma das principais empresas reguladas.

Face à desconfiança já expressada pelas concorrentes Nos e Vodafone, Cadete de Matos assumiu no Parlamento que as pessoas em causa “não poderão participar nas decisões” caso se verifique “alguma situação de incompatibilidade”. A escolha, disse, foi feita com base no conhecimento das personalidades acerca do setor.

João Cadete de Matos no Parlamento.

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