Assunção Cristas pede demissão de dois ministros
A líder do CDS pede a demissão da ministra da Administração Interna e do ministro da Defesa, mas ainda não é o momento de pedir a demissão do Governo, defende.
A líder do CDS pede a demissão da ministra da Administração Interna e do ministro da Defesa. Assunção Cristas, em entrevista à Antena 1, não considera que seja o momento de exigir a demissão do Governo, porque “não quer queimar etapas”, mas defende que Constança Urbano de Sousa e Azeredo Lopes devem ser emitidos. Um pedido “com todas as letras” para que não restem dúvidas.
“Estamos ainda longe desse momento”, de exigir a demissão do Executivo, disse Assunção Cristas. “Existe um Governo. É preciso que mostre que governa. Não queimamos etapas”. “Até agora ninguém tinha dito com todas as letras que era preciso substituir os ministros. Neste momento foi dito com todas as letras e é importante que o primeiro-ministro diga alguma coisa. Ainda não o disse até hoje”.
"Até agora ninguém tinha dito com todas as letras que era preciso substituir os ministros. Neste momento foi dito com todas as letras e é importante que o primeiro-ministro diga alguma coisa.”
E se não o disser? A líder do CDS deixa para um momento posterior o que partido fará. “Faremos essa avaliação. Não gosto de antecipar cenários. Esperámos e percorremos um caminho até aqui”, diz Assunção Cristas, lembrando que cumpriram os dias de luto nacional e elaboraram uma lista de 25 perguntas (das quais não obtiveram qualquer resposta até agora) que enviaram ao primeiro-ministro, quando perceberam que António Costa estava “a dar indicações diretas aos serviços até por cima da sua ministra”. “Um sinal de que a ministra está fragilizada. Então a pergunta é: o que é que a ministra está ali a fazer?”
"O primeiro-ministro estava a dar indicações diretas aos serviços até por cima da sua ministra. Um sinal de que a ministra está fragilizada. Então a pergunta é: o que é que a ministra está ali a fazer?”
Para a líder do CDS não está em causa o regular funcionamento das instituições. “Enquanto houver um primeiro-ministro com apoio parlamentar e que, certamente se relaciona regularmente com o Presidente da República e com o Parlamento, não creio que possamos dizer que isso está em causa. O que está em causa é uma erosão enorme do Estado, uma quebra profunda da confiança que todos os portugueses têm no próprio Estado e por isso entendemos que o remédio, neste momento, é substituir os ministros em causa”.
Cristas não responsabiliza o Governo pelo ocorrido em Pedrógão Grande ou pelos roubos em Tancos, “mas o que não pode acontecer é este tipo de reação”. Para a líder centrista “este Governo não tem estado à altura da gravidade das situações, porque não falou a uma só voz nem teve autoridade”.
"Este Governo não tem estado à altura da gravidade das situações, porque não falou a uma só voz nem teve autoridade.”
Quanto ao dossier das autárquicas, Assunção Cristas admite que seria mais fácil vencer a Câmara de Lisboa se tivesse o apoio do PSD. “Com certeza que se tivéssemos uma só candidatura, certamente que era mais fácil ganhar”.
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