“Este Governo é mais manhoso”, acusa PSD

  • Margarida Peixoto
  • 6 Julho 2017

O líder parlamentar dos social-democratas defendeu que os Orçamentos Retificativos do anterior Governo eram "exercícios de transparência". O PSD marcou debate sobre o assunto para sexta-feira.

O líder da bancada parlamentar do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, acusou o Governo de ser “manhoso” na gestão orçamental que faz. O social-democrata criticou a opção do Executivo de aplicar um valor elevado de cativações sem clarificar exatamente onde é que o aperto orçamental está a ser aplicado. Montenegro anunciou também que o PSD pediu esta quinta-feira a marcação de um debate de atualidade para sexta-feira sobre este assunto.

Lembrando as medidas de reposição dos rendimentos decididas pelo Governo de António Costa — como a reversão dos cortes salariais dos funcionários públicos ou a atualização das pensões — Luís Montenegro criticou o Governo por “nunca” dizer “o que estava a fazer em contraponto.” E concluiu: “O que estava a fazer era cortar na saúde, educação, áreas de soberania,” disse aos jornalistas, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.

Mas o deputado foi mais longe e defendeu que a apresentação de Orçamentos Retificativos — que marcou a governação do Executivo PSD/CDS-PP liderado por Passos Coelho — não era mais que “exercícios de transparência política.” E acusa: “Este Governo é mais manhoso.”

Montenegro quer que o Governo “assuma suas escolhas, assuma onde cortou.” As críticas vêm na sequência de uma audição do ministro das Finanças, Mário Centeno, onde os deputados quiseram saber com detalhe em que áreas ou funções do Estado tinham sido feitas cativações em 2016. Mas Centeno frisou onde não tinham sido aplicadas cativações — Educação, Saúde e Lei de Programação Militar, remetendo os deputados para a Conta Geral do Estado. A informação consta, de facto, deste documento, mas não está sistematizada no corpo do relatório.

Montenegro deixa liderança parlamentar

O deputado aproveitou para confirmar que a 19 de julho serão realizadas eleições para escolher o novo líder parlamentar do PSD. “O meu mandato terminou com o final desta sessão legislativa”, explicou. O objetivo é permitir que a próxima liderança tenha tempo para preparar os trabalhos do próximo ano parlamentar.

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