Taxa de desemprego não mexe, mas população empregada volta a aumentar

Desemprego situou-se em 6,6% em outubro, valor idêntico ao registado em setembro e 0,1 pontos percentuais abaixo do verificado há um ano. População empregada engordou em cadeia e em termos homólogos.

O mercado de trabalho português continua a dar sinais positivos. De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em outubro, a taxa de desemprego não mexeu face ao mês anterior e até recuou ligeiramente face ao registado há um ano. Já a população empregada aumentou tanto em cadeia, como em termos homólogos, atingindo um novo máximo histórico.

“A taxa de desemprego situou-se em 6,6%, valor idêntico ao de setembro e inferior ao de outubro de 2023 (0,1 pontos percentuais)”, informou esta manhã o gabinete de estatísticas. No total, no décimo mês de ano, 357,9 mil pessoas estavam desempregadas em Portugal, quase menos duas mil do que há um ano.

Por outro lado, em outubro a taxa de emprego fixou-se em 64,3%, valor também idêntico ao registado em setembro, mas 0,4 pontos percentuais acima do verificado no mesmo mês de 2023.

Já a população empregada subiu tanto em cadeia (0,1%), como em termos homólogos (1,4%), abrangendo 5.105,7 mil pessoas, o valor mais elevado desde o início da série estatística. Há vários meses que a população empregada está em máximos históricos, como mostra o gráfico abaixo.

Com estas variações do emprego e do desemprego, a população ativa aumentou 1,3% face ao mesmo mês do ano passado, envolvendo a cerca de 5,5 milhões de pessoas. Essa evolução deu-se “devido ao acréscimo da população empregada que superou a diminuição da população desempregada”, detalha o INE.

Importa notar também que os tais 5,5 milhões de pessoas de população ativa é “o valor mais elevado desde o início da série iniciada em fevereiro de 1998”.

Já também a população inativa manteve-se praticamente inalterada em comparação ao mesmo mês de 2023, abrangendo cerca de 2,5 milhões de pessoas. Isto “em resultado do decréscimo do número de inativos disponíveis para trabalhar, mas que não procuram emprego (21,7 mil; 20,1%) ter sido compensado pelo aumento do número de outros inativos (23,4 mil; 1,0%)”, explica o gabinete de estatísticas.

Quanto à subutilização do trabalho, em outubro a taxa situou-se em 10,8%, valor inferior em 0,1% ao registado em setembro e em 0,8% ao verificado há um ano.

Estes dados do INE mostram que o mercado de trabalho continua a dar sinais de resiliência, apesar dos desafios (como o abrandamento das economias para as quais Portugal exporta). Os economistas ouvidos pelo ECO têm indicado que 2025 deverá ser um ano de continuação deste clima de estabilidade.

(Notícia atualizada às 11h42)

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