Fábrica 2030: Portugal pode aproveitar debilidades na Europa
Foi ideia lançada pelo primeiro-ministro na conferência Fábrica 2030, organizada pelo ECO e que esta terça-feira se realizou na Alfândega do Porto.
O primeiro-ministro Luís Montenegro, Paulo Portas, antigo vice-primeiro-ministro, Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, Nuno Amado, chairman do BCP, e muitos outros protagonistas estiveram esta terça-feira na conferência Fábrica 2030, organizada pelo ECO dando orientações sobre o presente e futuro das empresas portuguesas e, entre elas, as empresas de seguros.
O primeiro-ministro destacou a estabilidade política, orçamental e social em Portugal, em contraponto com a agitação no resto da Europa. Insistiu no tema da segurança e co-responsabiliza oposição por OE2025.
Luís Montenegro admitiu que “as incertezas que estão no horizonte” na Alemanha e em França podem “condicionar o futuro próximo”, lembrando a instabilidade política e financeira que atravessam as duas maiores economias europeias. No entanto, o primeiro-ministro recusa “lamuriar-se” e assume mesmo que Portugal pode nesta fase “impor-se” no contexto internacional, aproveitando as debilidades nos outros países do Velho Continente.
Paulo Portas referiu que Portugal não está imune à crise na Europa, mas pode “oferecer estabilidade num mundo instável”. O antigo vice-primeiro-ministro antecipa “um elevado grau de imprevisibilidade nas atuais relações internacionais” e avisa que “é melhor não brincar aos défices nem às dívidas“.
Rui Moreira disse que “OE2025 comporta riscos para a despesa pública” e que Portugal precisa de apostar no talento, inovação e competitividade para não ficar para trás na zona euro. E que urge diversificar os “mercados de destino das nossas exportações”.
António Mota, ex-presidente da Mota-Engil, foi distinguido com o prémio entregue pelo ECO ‘Lifetime Achievement’ na conferência Fábrica 2030. O galardão pretende distinguir os empresários que assumem riscos, criam valor, e contribuem para o crescimento económico e prosperidade do país.
“Tenho uma derrota monumental na minha vida”, assinala António Mota. O ex-dirigente indica que na “construção trabalhamos na África toda, mas nunca estivemos em Espanha”. Lamenta que a construtura portuguesa “nunca tenha conseguido lá entrar” e “nunca tenha feito nenhuma obra”, destacando “temos de arranjar forma de irmos para lá ou eles não virem para cá”.
O chairman do BCP, Nuno Amado defendeu que não é com ideologia que se vai melhor as condições de vida dos portugueses. “Não é a ideologia, é a economia que vai ter impacto no nosso futuro. E o Estado devia aferir os custos de contexto para saber até que ponto estão a ser um peso ou um benefício para a economia. Neste momento são excessivos”, enquadrou.
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