Euribor sobe a três, seis e 12 meses após descida das taxas de juro

  • Lusa
  • 11:08

Com as alterações desta segunda-feira, a taxa a três meses, que avançou para 2,863%, continuou acima da taxa a seis meses (2,655%) e da taxa a 12 meses (2,443%).

A Euribor subiu a três, seis e 12 meses, depois de a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, ter dito esta segunda-feira que prevê novas reduções das taxas de juro.

Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,863%, continuou acima da taxa a seis meses (2,655%) e da taxa a 12 meses (2,443%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, subiu esta segunda-feira para 2,655%, mais 0,016 pontos. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a outubro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,36% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 33,13% e 25,54%, respetivamente.
  • No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, avançou esta segunda-feira, para 2,443%, mais 0,038 pontos.
  • A Euribor a três meses também subiu esta segunda-feira, ao ser fixada em 2,863%, mais 0,020 pontos do que na sessão anterior.

A presidente do BCE disse esta segunda-feira em Vílnius que prevê novas reduções das taxas de juro, na sequência da flexibilização já iniciada há vários meses, face à desinflação avançada e ao aumento dos riscos para o crescimento.

“Se os dados que nos chegam continuarem a confirmar o nosso cenário de base, que prevê o regresso da inflação ao objetivo de 2% em 2025 na zona euro, a direção é clara: tencionamos reduzir ainda mais as taxas de juro”, declarou Christine Lagarde durante um discurso em Vílnius, na Lituânia.

“A atual política monetária continua a ser restritiva”, afirmou.

Na quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) baixou a taxa de referência pela quarta vez desde junho, fixando-a em 3%.

As taxas do BCE têm um impacto direto sobre as taxas de juro do crédito cobradas pelos bancos às empresas e às famílias.

Os mercados antecipam várias descidas das taxas pelo BCE em 2025, a fim de colocar a taxa de referência em “cerca de 2%”, um nível considerado neutro e que não penaliza nem apoia a economia.

De acordo com os analistas consultados pela Agência France Presse, o BCE pode seguir esta via porque o ambiente na zona euro mudou desde que a inflação atingiu mais de 10% no outono de 2022.

A média da Euribor em novembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em outubro e com mais intensidade no prazo intermédio.

A média da Euribor em novembro desceu 0,160 pontos para 3,007% a três meses (contra 3,167% em outubro), 0,214 pontos para 2,788% a seis meses (contra 3,002%) e 0,185 pontos para 2,506% a 12 meses (contra 2,691%).

Na quinta-feira, como esperado pelos mercados, o BCE cortou, pela quarta vez este ano e pela terceira reunião consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos base.

Em 17 de outubro na Eslovénia, o Banco Central Europeu (BCE) tinha descido as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda vez consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar “no bom caminho” e a uma atividade económica pior do que o previsto.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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