Preços da habitação disparam 9,8% no terceiro trimestre
Desde dezembro de 2022 que o preço das casas não registava um aumento homólogo tão expressivo. Além disso, esta dinâmica foi acompanhada por um aumento homólogo de 19,4% das transações de imóveis.
Os preços da habitação em Portugal continuam a subir a um ritmo acelerado, com um aumento homólogo de 9,8% no terceiro trimestre de 2024, segundo os dados mais recentes divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O aumento homólogo do índice de preços na habitação registado no terceiro trimestre representa uma aceleração de dois pontos percentuais acima da taxa de crescimento registada no trimestre anterior, destaca o INE esta segunda-feira em comunicado.
De acordo com dados históricos do INE, é preciso recuar ao quarto trimestre de 2022 para assistir a um aumento homólogo tão expressivo do preço das casas.
Além disso, o INE destaca também que esta subida acentuada dos preços foi acompanhada por um aumento igualmente expressivo no número de transações, que cresceu 19,4% em comparação com o período homólogo.
O mercado das habitações existentes liderou esta tendência de alta, com um aumento de preços ainda mais pronunciado. “No trimestre de referência, o crescimento dos preços das habitações existentes foi superior ao observado nas habitações novas, que se fixaram em 10,5% e 8,1%, respetivamente”, detalha o documento.
Este dinamismo no mercado imobiliário é ainda mais evidente quando se observa o volume de transações realizadas. O INE refere que “entre julho e setembro de 2024 realizaram-se 40.909 transações de alojamentos, o que representa um aumento de 19,4% por comparação com o mesmo trimestre de 2023”.
Em termos de valor, o gabinete de estatísticas revela que, “nos meses referidos, o valor das transações aproximou-se dos 9,1 mil milhões de euros, mais 28% que no trimestre homólogo“, sublinha o relatório.
O setor das famílias continua a ser o principal motor do mercado. “No 3.º trimestre de 2024 venderam-se 35.462 habitações (86,7% do total) a compradores pertencentes ao setor institucional das famílias, pelo valor de 7,7 mil milhões de euros (85,4% do total)”, indica o INE.
Em contraste, observou-se uma ligeira redução nas aquisições por compradores estrangeiros. “No mesmo trimestre, os compradores com um domicílio fiscal fora do território nacional adquiriram 2.655 habitações, o que representa uma redução homóloga de 3,1%”, refere o documento.
A análise trimestral também revela uma aceleração no ritmo de crescimento dos preços. Os dados do INE revelam o índice de preços na habitação aumentou 3,7% entre o segundo e terceiro trimestre, após ter subido 3,9% entre o primeiro e o segundo trimestre.
Estes dados sugerem que o mercado imobiliário continua a mostrar uma forte resiliência e atratividade, apesar dos desafios económicos globais. A combinação de aumento de preços e volume de transações indica uma procura significativa, que poderá continuar a pressionar os preços .
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