Excedente externo da economia quase duplica para 9,8 mil milhões até novembro
Para esta evolução positiva contribuiu o excedente da balança de bens e serviços, que aumentou 2,9 mil milhões de euros em relação a igual período de 2023.
A economia portuguesa registou um excedente externo de 9,8 mil milhões de euros nos primeiros 11 meses de 2024. Segundo os dados do Banco de Portugal, o saldo positivo da balança de pagamentos nacional quase duplicou face ao período homólogo, suportado pela diminuição do défice da balança de bens, com as exportações a crescerem mais do que as importações.
“Até novembro de 2024, o excedente das balanças corrente e de capital foi de 9.767 milhões de euros, o que representa um aumento de 4.231 milhões de euros relativamente a igual período de 2023″, explica o Banco de Portugal, que divulgou esta sexta-feira os dados da balança de pagamentos.
O excedente da balança de bens e serviços aumentou, até ao final de novembro, 2,9 mil milhões de euros em relação a igual período de 2023.
O Banco de Portugal explica que esta evolução reflete a redução de 815 milhões de euros do défice da balança de bens devido a um aumento das exportações superior ao das importações, e do aumento de 2113 milhões de euros do excedente da balança de serviços, “justificado maioritariamente pela evolução do saldo de viagens e turismo (+1670 milhões de euros) e dos serviços de transporte (+252 milhões de euros)”.
Por outro lado, registou-se uma descida do défice da balança de rendimento primário, de 1.289 milhões de euros, decorrente de uma maior atribuição de fundos da União Europeia a título de subsídios; um aumento, de 154 milhões de euros, do excedente da balança de rendimento secundário, em resultado sobretudo de uma menor contribuição financeira de Portugal para o orçamento da União Europeia; e a diminuição, de 139 milhões de euros, do excedente da balança de capital, “explicada, principalmente, pela evolução das operações de compra e venda de ativos intangíveis ao exterior, nomeadamente licenças de CO2 e passes de futebolistas”.
A capacidade de financiamento da economia portuguesa também registou uma evolução positiva neste período, o que se traduziu num saldo da balança financeira de 9.561 milhões de euros, “refletindo o aumento dos ativos financeiros sobre o exterior, de 23.359 milhões de euros, e dos passivos externos, de 13.798 milhões de euros”.
O Banco de Portugal refere ainda que “todos os setores institucionais contribuíram para a variação positiva dos ativos líquidos de Portugal perante o resto do mundo, à exceção das sociedades não financeiras e das administrações públicas”.
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