Crédito às famílias cresceu ao ritmo mais elevado em 16 anos

Alívio das taxas de juro puxou pelo crédito às famílias no ano passado, que registou a maior taxa de crescimento desde 2008.

O crédito às famílias cresceu em 2024 ao ritmo mais elevado desde 2008, impulsionado sobretudo pelos empréstimos para a compra de casa, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.

Em dezembro do ano passado, o montante de empréstimos concedidos pelos bancos a particulares registou uma variação anual de 4,2%, que compara com a taxa de -0,6% observada no final de 2023. “Trata-se do maior crescimento em final de ano observado desde 2008 (4,5%)”, observa o supervisor.

O montante de crédito para habitação ascendia a 102,4 mil milhões de euros no final de 2024, mais 3,5 mil milhões face há um ano. “Os empréstimos à habitação cresceram 3,5%, contrariando o decréscimo de 1,2% registado em 2023, que tinha sido motivado pelo contexto de subida das taxas de juro”, explica o Banco de Portugal.

Por seu turno, o crédito ao consumo atingiu os 20,1 mil milhões de euros, mais 1,2 mil milhões em relação ao final de 2023. Neste caso, deu-se um aumento de 7,5%, a maior taxa em final de ano desde 2019 (9,4%).

Já o montante de empréstimos às empresas caiu 600 milhões de euros no ano passado, totalizando os 72,6 mil milhões em dezembro.

O Banco de Portugal explica que o decréscimo do montante vivo de empréstimos às empresas decorre essencialmente de perdas em operações de vendas de crédito, apesar do aumento dos empréstimos concedidos.

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