Resultados mornos tramam Wall Street
As bolsas americanas arrancaram a sessão em baixa, condicionadas por resultados mornos. O chumbo pelo Senado do programa de saúde da administração de Donald Trump também pesa.
As ações norte-americanas arrancaram a sessão em queda ligeira, com os principais índices a serem penalizados pelas reticencias em relação aos resultados empresariais, mas também pelos receios em torno da capacidade da administração de Donald Trump conseguir dar seguimento à sua política favoráveis ao crescimento.
O S&P 500 abriu a recuar 0,15%, para os 2.455,13 pontos, enquanto o industrial Dow Jones arrancou a perder 0,18%, para os 21.584,94 pontos. No mesmo sentido seguiu também o Nasdaq, com o índice tecnológico a desvalorizar 0,15%, para os 6.304,813 pontos, na abertura.
Esta quebra de fôlego das ações norte-americanas acontece numa ocasião em que os investidores mostram alguns receios em relação à atual época de apresentação de resultados que segue um primeiro trimestre positivo, apesar das boas surpresas por parte do Bank of America e o Goldman Sachs que apresentaram contas antes da abertura do mercado.
Os analistas estimam que os resultados do segundo trimestre para as empresas do S&P 500 tenham aumentado 8,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Números que serão divulgados depois de os lucros registados no primeiro trimestre terem sido os melhores desde 2011, de acordo com dados da Thomson Reuters.
Os resultados empresariais serão acompanhados de perto pelos analistas que procuram perceber se as elevadas avaliações se justificam num contexto de baixa inflação e em que os dados sobre o comportamento da economia têm-se revelado mistos.
O S&P 500 tem negociado a cerca de 18 vezes as estimativas de resultados para os próximos 12 meses, o que compara com uma média de longo prazo de 15 vezes.
O arranque da sessão bolsista norte-americana está a ser marcado pelo chumbo no Senado do programa de saúde da administração de Donald Trump na passada segunda-feira ao final do dia. Este chumbo coloca dúvidas sobre a capacidade de Donald Trump conseguir dar seguimento às suas políticas económicas favoráveis ao crescimento.
“O sentimento dos investidores é pessimista esta manhã”, afirmou Naeem Aslam, responsável da análise de mercados da Think Markets UK, citado pela Reuters. “O fiasco do projeto de lei da saúde, significa que as reformas de impostos ou o designado programa de gastos em infraestruturas estão em perigo”, acrescentou o mesmo responsável.
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