Ferro Rodrigues: “Não me queira pôr a fazer a defesa do Governo”
O presidente da Assembleia da República afirma que há assuntos de "excitação" para os políticos, mas "não têm relevância para a população portuguesa". Governo "não precisa" que o defenda, diz Ferro.
Ferro Rodrigues não quer fazer a defesa do Governo, mas assinala os números positivos na economia e dos indicadores de confiança. Esta será uma solução governativa para continuar, pelo menos do lado do Presidente da República, já que Ferro garante que “nunca” será por Marcelo que haverá uma crise no Executivo. Para a oposição, o Presidente da Assembleia da República deixa elogios, mas critica Hugo Soares por não ter feito o apelo sobre a comissão de inquérito à CGD que tinha anunciado.
"Nunca será por ele [Marcelo] que haverá uma crise no Governo.”
“Não me queira pôr aqui a fazer a defesa do Governo — até porque não precisa, tem quem o faça melhor do que eu — mas olhando para os resultados das análises de opinião, o que se verifica é muitas vezes coisas que são de grande excitação para a classe política e para os comentadores, não têm relevância para a população portuguesa que, no balanço que fazem entre o deve e o haver, o resultado é tirado de outra maneira”, afirmou Ferro Rodrigues, em entrevista à Antena 1.
Cortesia Antena 1
Já sobre Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da Assembleia da República garante que não será por causa de Belém que este Governo entrará em crise. “É da minha opinião, desde o princípio desta experiência governativo, que nunca será por ele [Marcelo] que haverá uma crise no Governo e desta solução governativa”, garante Ferro.
Cortesia Antena 1
À direita, Ferro Rodrigues deixa elogios a que sai, mas um alerta a quem entra. “O PSD também teve duas intervenções de nível bastante bom, embora não queira dizer que haja uma concordância”, afirmou, referindo-se a Pedro Passos Coelho e a Luís Montenegro, que abandonou esta quarta-feira o cargo de líder parlamentar.
Cortesia Antena 1
Entrou Hugo Soares, a quem Ferro deixa duas notas: aprecia o “sentido de humor”, mas critica o atual líder parlamentar do PSD por ter dito que ia apelar ao Presidente da AR por causa da primeira comissão de inquérito à CGD, mas não o ter feito.
“Não me chegou absolutamente nada em termos oficiais e fizeram bem em procurar que eu não interviesse porque as comissões parlamentares de inquérito são completamente independentes do Presidente da Assembleia da República”, considerou Ferro Rodrigues.
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