Governo recolheu mais de mil contribuições para Agenda Nacional de IA antes da crise política

Ministério da tutela diz que recebeu 1.217 "contribuições" na consulta pública sobre a política nacional para a inteligência artificial (IA). Calendário ameaçado pela crise política.

O Ministério da Juventude e Modernização recolheu mais de mil contribuições para a construção da Agenda Nacional de Inteligência Artificial (IA), um instrumento de política pública que visa “definir o caminho para o desenvolvimento e aplicação” da IA em Portugal. O prazo de recolha iniciou-se a 30 de janeiro e terminou no dia 28 de fevereiro.

Questionado sobre o número de participações na consulta pública, o gabinete da ministra Margarida Balseiro Lopes respondeu esta quarta-feira que “foram recebidas 1.217 contribuições ao longo do processo”.

A Agenda Nacional de IA faz parte da Estratégia Digital Nacional definida por este Governo e levou a ministra da tutela a realizar três “sessões públicas” em janeiro, em Lisboa, Évora e Porto.

Em resposta ao ECO, o Ministério aponta ter recebido ainda outros contributos nessas sessões, assim como em “reuniões privadas de auscultação”. Estes “consistem não só” em sugestões e propostas como também em “medidas e ações concretas”, ressalva fonte oficial.

O calendário do Governo prevê a apresentação desta agenda “no final do primeiro trimestre”, coincidindo com o lançamento da primeira versão do modelo de IA generativa Amália, anunciado em novembro, no palco da Web Summit, pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, e que também está previsto ser apresentado até ao fim deste mês.

Mas este calendário está agora em risco, depois de esta terça-feira o Parlamento ter retirado a confiança ao Governo, o que deverá levar à dissolução da Assembleia da República e convocação de eleições antecipadas nos próximos dias, que o Presidente da República já apontou para maio.

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