Receitas da Constructel Visabeira sobem 50% para 1,9 mil milhões com novas aquisições nos EUA

EUA representaram 35% do volume de negócios e já são o principal mercado da empresa liderada por Nuno Marques, que opera na área das telecomunicações e energia.

Constructel Visabeira, subsidiária do grupo de Viseu para os setores das telecomunicações e da energia que é participada pela Goldman Sachs Asset Management, fechou 2024 com um volume de negócios consolidado de 1,9 mil milhões de euros, o que representa uma subida de 50% face aos números reportados no ano anterior. Duas aquisições nos EUA ajudaram resultados, com o país a tornar-se o maior mercado da empresa, representando 35% da faturação.

Já o EBITDA recorrente, incluindo as aquisições realizadas no último ano, ultrapassou os 180 milhões de euros, o que representa um crescimento de cerca de 30% face a 2023, adianta a empresa em comunicado.

Com presença em 11 países e mais de 8.500 colaboradores, a Constructel Visabeira refere que o crescimento registado no último ano foi suportado “pela forte performance orgânica em todas as geografias onde opera, bem como pela concretização de aquisições estratégicas”, destacando a compra da Verità Telecommunications Corporation, em junho de 2024, e da Sargent Electric Company, em setembro de 2024, ambas nos EUA.

Segundo adiantou aquando da comunicação da aquisição da primeira empresa, a integração da Verità permitiu à empresa do grupo Visabeira duplicar “para cerca de 250 milhões de dólares, repartidas entre os serviços de engenharia de energia e as telecomunicações”. Já a Sargent Electric é especializada em serviços de redes no setor da energia e fatura 400 milhões de euros por ano.

Com estas duas novas adições, a companhia reforçou “de forma significativa a presença internacional da Constructel Visabeira, em especial nos Estados Unidos da América, que passaram a ser o maior mercado do Grupo, representando cerca de 35% do volume de negócios, equivalente a aproximadamente 650 milhões de euros“, diz a empresa em comunicado.

Já o restante volume de negócios teve origem na Europa, com França e Bélgica, sul da Europa (Portugal, Itália e Espanha), Reino Unido e Irlanda a representarem cerca de 20% cada, enquanto a Alemanha, Dinamarca e Suécia contribuíram com cerca de 10%.

“Nos próximos anos, vamos continuar a apostar fortemente na expansão internacional, acompanhando os grandes investimentos em curso na Europa e nos EUA para acelerar a transformação digital e a transição energética”, disse o CEO Nuno Terras Marques, citado no comunicado. “É um enorme orgulho sermos um dos principais players a nível internacional nestes dois setores, graças à nossa experiência, ao know-how interno e às competências únicas que desenvolvemos nas áreas de engenharia de redes de telecomunicações e energia”, acrescentou.

Sobre as duas aquisições realizadas em 2024, o líder da empresa destacou que “foi com grande satisfação que recebemos as equipas de gestão da Sargent e da Verità, e estamos empenhados em continuar a desenvolver parcerias alinhadas com a nossa visão, nos mercados estratégicos onde operamos”.

A empresa fechou o exercício com um rácio de dívida líquida sobre EBITDA abaixo de 1,5x em dezembro de 2024. “A nossa solidez financeira mantém-se firme e continuaremos a investir em aquisições, assegurando simultaneamente um desempenho orgânico robusto”, considera Nuno terras Marques.

Em termos de setores, a energia mais que duplicou face a 2023, contribuindo com cerca de 850 milhões de euros (45% do volume de negócios). Já o setor das telecomunicações excedeu os 1.000 milhões de euros, refletindo um crescimento de 15%.

No final de 2024, a Constructel dispunha de uma carteira de contratos avaliada em mais de cinco mil milhões de euros.

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