Taxa de juro dos novos créditos à habitação cai para 3,11% pelo 17.º mês consecutivo

A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação caiu 0,07 pontos percentuais em março. Está no valor mais baixo desde dezembro de 2022.

A fatura do crédito à habitação continua a ficar mais leve no orçamento das famílias portuguesas. Segundo dados do Banco de Portugal divulgados esta terça-feira, a taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação foi de 3,11% em março, o valor mais baixo desde dezembro de 2022, que se traduz numa correção de 0,07 pontos percentuais face aos 3,11% registados em fevereiro.

Segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo regulador, março marca o 17.º mês consecutivo de correção da taxa de juro dos novos empréstimos à habitação. “Esta descida observou-se quer nos novos contratos, quer nos contratos renegociados, cujas taxas médias se reduziram 0,05 pontos percentuais e 0,10 pontos percentuais, fixando-se em 3,05% e 3,39%, respetivamente”, destaca ainda o Banco de Portugal.

Na análise do quadro europeu, o Banco de Portugal refere que “a taxa de juro média das novas operações de empréstimos à habitação do conjunto dos países da área do euro diminuiu 0,02 pontos percentuais, para 3,31%”, colocando Portugal na oitava posição dos países da área do euro com a taxa de juro média mais baixa, ficando inclusive abaixo da média da área do euro.

Bancos abrem cordões à bolsa em março

O Banco de Portugal revela ainda que o montante de novos contratos à habitação aumentou 265 milhões de euros em março para 1951 milhões de euros, “o segundo valor mais elevado da série histórica”, que remonta a dezembro e 2014.

Esta dinâmica foi novamente fortemente influenciada pelos jovens com idade igual ou inferior a 35 anos, ao serem responsáveis por cerca de “56% do montante de novos contratos para habitação própria permanente concedidos em março (excluindo os novos contratos para consolidação de crédito e as transferências de crédito para outra instituição), um peso 2 pontos percentuais acima do observado para fevereiro”, destaca o Banco de Portugal.

Além do aumento dos empréstimos para a compra de casa, também em março os bancos abriram os cordões na concessão de outros créditos. “Na finalidade consumo, o montante dos novos contratos aumentou 18 milhões de euros, para 585 milhões de euros, o valor mais elevado da série histórica (com início em dezembro de 2014)”, revela o Banco de Portugal.

Na finalidade de “outros fins”, o montante dos novos contratos subiu 11%, cerca de 25 milhões de euros, para 237 milhões de euros.

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