Remuneração dos depósitos afunda pelo 15.º mês consecutivo para 1,69%
Apesar da queda da taxa de juro das novas operações, o montante de novos depósitos voltou a aumentar em março em cerca de 10,5% e, em termos homólogos, esse crescimento foi de 68%.
A banca continua a cortar a remuneração dos depósitos a prazo, à boleia da política monetária do Banco Central Europeu, que tem sido marcada por cortes consecutivos das taxas de juro.
Em março, “a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares diminuiu pelo 15.º mês consecutivo, passando de 1,83%, em fevereiro, para 1,69%”, refere o Banco de Portugal em comunicado. Trata-se do valor mais baixo desde junho de 2023.
Este comportamento fez com que Portugal descesse uma posição entre os países da área do euro, sendo agora o país com a quarta taxa mais baixa, ficando bem abaixo da média de 2,11% praticada na Zona Euro.
Nos novos depósitos com prazo até um ano, a taxa de juro média diminuiu 0,14 pontos percentuais, para 1,70%, renovando também mínimos de junho de 2023. “Esta continuou a ser a classe de prazo com a remuneração média mais elevada e representou 95% dos novos depósitos em março”, destaca a entidade liderada por Mário Centeno.
A remuneração média dos novos depósitos de um a dois anos diminuiu 0,14 pontos percentuais, fixando-se em 1,44% — o valor mais baixo desde maio de 2023. No sentido oposto, esteve a remuneração média dos novos depósitos a mais de dois anos, que registou um aumento de 0,32 pontos percentuais, atingindo os 1,51%.
O Banco de Portugal revela ainda que o montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares aumentou 10,5% face a fevereiro (cerca de 1.230 milhões de euros), totalizando 12.909 milhões de euros em março. Em termos homólogos, o volume de novos depósitos cresceu 68%.
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