Dois mortos em aterragem de avioneta em praia da Costa de Caparica

  • Lusa e ECO
  • 2 Agosto 2017

Vítimas são um homem e uma criança. Os dois tripulantes da avioneta, que estava em voo de treino, saíram ilesos da ocorrência. PGR está a investigar.

Duas pessoas morreram esta quarta-feira ao serem colhidas por uma avioneta que aterrou de emergência na praia de São João na Costa de Caparica, em Almada, disse à Lusa fonte da Autoridade Marítima Nacional. A avioneta estava em voo de treino com um aluno e um instrutor sénior.

As duas vítimas mortais do acidente são uma criança de oito anos e um homem de 56 anos, sem relação familiar, avançou fonte oficial do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAFF). Ambos se encontravam na praia no momento da aterragem de emergência. Uma mulher de 45 anos ficou ainda com ferimentos ligeiros num dos braços, tendo sido encaminhada para o hospital.

Os dois tripulantes da avioneta saíram ilesos da ocorrência. A avioneta estava em voo de treino com um aluno e um instrutor sénior com “elevada experiência e milhares de horas de pilotagem”, segundo a escola de aviação Aerocondor.

Num comunicado, a escola de aviação refere que a avioneta foi alugada pela Aerocondor ao aeroclube de Torres Vedras, que era proprietário do aparelho e responsável pela manutenção. O instrutor que se encontrava no aparelho, um Cessna 152, tem 56 anos e “elevada experiência e milhares de horas de pilotagem”, adiantou ainda.

Já o Aeroclube de Torres Vedras garante que a aeronave estava em “perfeitas condições mecânicas, com todas as revisões e certificações exigidas”. A entidade proprietária adianta ainda, em comunicado, que a aeronave está coberta com os necessários seguros.

O Cessna, explica-se no documento, está cedido há vários anos à escola de aviação GAir, na sequência de um protocolo de cedência, “pelo que a operação desta aeronave é efetuada sob total responsabilidade da GAir”.

Piloto reportou “falha do motor” após descolar de Cascais

O piloto da avioneta reportou “falha do motor cerca de cinco minutos após descolar” do Aeródromo Municipal de Cascais, disse à agência Lusa fonte aeronáutica.

As comunicações com a torre de controlo do Aeródromo de Cascais revelam que o piloto declarou emergência, indicando uma “falha do motor” e que ia “aterrar na praia”. A torre de controlo questionou em que praia é que o piloto ia aterrar, tendo o mesmo respondido: “na Cova do Vapor”, estância balnear situada na União das freguesias de Caparica e Trafaria.

Contudo, a aeronave fez uma aterragem de emergência na praia de São João, Costa de Caparica.

PGR está a investigar

A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou entretanto a instauração de um inquérito para apurar as circunstâncias do acidente com a avioneta. Fonte da PGR adiantou à agência Lusa que “se confirma a instauração” de um inquérito.

Os dois tripulantes do avião ligeiro, que esta tarde colheu mortalmente duas pessoas na praia de São João, durante uma aterragem de emergência, ficaram com termo de identidade e residência e serão ouvidos na quinta-feira pelo Ministério Público, disse anteriormente o capitão do Porto de Lisboa, Paulo Isabel.

(notícia atualizada às 21h04)

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