Sucessores preparam-se para disrupção em negócios familiares

As empresas familiares, que são grande parte do tecido empresarial português, dizem contar com disrupções no mercado em breve. Quase um terço antevê perder quota de mercado num futuro próximo.

Galp Energia, Jerónimo Martins, Impresa… são só algumas das empresas portuguesas que são também empresas familiares. Um estudo da Deloitte revela as maiores preocupações dos sucessores deste tipo de empresas: a disrupção, a inovação e a própria sucessão. Quase um terço conta perder quota de mercado. Contudo, o otimismo mantém-se.

Uma larga maioria dos sucessores das empresas de família — 47% — prevê disrupções no seu negócio nos próximos dois a três anos e 27% vê-se a perder quota de mercado para novas empresas. Porquê? Em parte, por alterações no mercado, confessam 20% dos inquiridos. Mas são mais — 24% — aqueles que apontam para as mudanças nas relações familiares como motor da disrupção. A sucessão é uma destas mudanças, contudo, 73% olham para este processo como “normal”, diz o um estudo da Deloitte que inquiriu 268 empresas familiares.

Em termos de alterações no mercado, os riscos recaem sobre as transformações digitais. Rosa Soares, partner e líder de Family Business da Deloitte realça em comunicado que “O presente torna-se passado num instante, uma tendência que, na perceção de muitos destes líderes, pode colidir com a tradição das empresas familiares”.

Ao mesmo tempo que anteveem desafios, a próxima geração de líderes acredita estar pronta para os enfrentar. Quase metade, 49%, encaram as disrupções como “naturais” e 32% veem aqui uma oportunidade. Apesar dos possíveis choques intergeracionais, os sucessores esperam que as transferências de liderança tragam sobretudo novas ideias para o seio da empresa. Além disso, consideram os negócios familiares menos burocráticos.

Os maiores receios num cenário de disrupção? Concentração da liderança dentro da família é um deles. Outro será a escassez de competências: 17% não acreditam possuir as competências certas e 35% dizem ter só “algumas” das competências necessárias.

 

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