Troca de dívida é “aliciante”. António Ramalho está “otimista”

  • ECO
  • 16 Agosto 2017

O presidente do Novo Banco diz que a proposta para os obrigacionistas é "aliciante" por ser em dinheiro. António Ramalho diz, por isso, estar "otimista" sobre o resultado desta operação.

O presidente do Novo Banco afirma que a proposta apresentada aos obrigacionistas do banco de transição é “aliciante” por ser em dinheiro. António Ramalho diz, por isso, estar “otimista” em relação ao resultado desta operação, uma condição essencial para que seja concretizada a venda da instituição financeira ao fundo norte-americano Lone Star.

“Esta é uma oferta justa porque em rigor, em última instância, o que se pede aos obrigacionistas é apenas a perda de lucros futuros — a perda de juros futuros, a perda de expectativas futuras”, disse o CEO do Novo Banco à Reuters. Esta troca de dívida sénior vai permitir reforçar os rácio de capital do banco em 500 milhões de euros. “A oferta (LME) já é aliciante ser em dinheiro e esta proposta comercial (dos depósitos) é adicional. Obviamente que estou otimista sobre o resultado [desta operação]”, acrescenta António Ramalho.

O presidente do banco que resultou da resolução do Banco Espírito Santo explica ainda que, “naturalmente, a divulgação dos depósitos foi feita por solicitação dos investidores institucionais, independentemente de ser claro que os depósitos não fazem parte da oferta (LME)”. “Esta (LME) é uma oferta em dinheiro e depois há esta oferta comercial (dos depósitos) para os fundos disponibilizados nessa oferta em dinheiro (LME)”, realça.

Segundo a proposta apresentada, os detentores de dívida com maturidade em junho de 2022, que será comprada a 73,25% do valor nominal, vão poder ter acesso a um depósito a cinco anos, com uma taxa de 6,50%. Já os detentores de obrigações que expiram em fevereiro e março de 2022, que vão ser recompradas por 76,75% do valor nominal, podem fazer um depósito a cinco anos e obter uma taxa de juro anual de 5,51%.

“Nesta oferta comercial, os depósitos que incidem nas notes até 2022 – cuja oferta (LME) tendo sido feita a preço de mercado puro – têm taxas de juro que permitem que, de alguma maneira, seja retomado o valor nominal ou o valor nominal dos títulos”, explica. “Esta oferta (comercial dos depósitos) permite que o valor final seja igual ao valor de emissão. Eles perdem os juros. [Os obrigacionistas] mitigam as perdas, voltando a recuperar o valor investido. O conceito é de recuperação do valor investido”

O Novo Banco publicou na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários as condições que pretende oferecer aos clientes que aceitem vender as obrigações que detêm do banco com a possibilidade de transformar o dinheiro da venda num depósito a prazo. O juro dos depósitos varia consoante a maturidade das aplicações, entre 1% e 6,84% de acordo com o produto em causa. Já o prazo dos depósitos varia entre três e cinco anos.

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